Primeiro dia de governo Bolsonaro leva Ibovespa à máxima histórica

Declarações de apoio ao controle de gastos e agenda de privatizações fizeram Ibovespa ultrapassar os 91 mil pontos

Agentes econômicos reagiram com otimismo no primeiro dia do governo do presidente da República, Jair Bolsonaro.

As sinalizações positivas da nova gestão em relação a medidas de controle de gastos públicos e os movimentos políticos que podem favorecer a aprovação de reformas importantes, como a da Previdência, foram os responsáveis pela reação do mercado.

Principal índice da Bolsa de Valores de São Paulo, a Ibovespa superou a marca dos 91.000 mil pontos na quarta-feira (3), máxima histórica.

Economistas ouvidos pelo portal Governo do Brasil avaliaram que as declarações iniciais do ministro da Economia, Paulo Guedes, e da equipe governamental injetaram ânimo ao mercado financeiro, principalmente pelo reforço da necessidade de reforma da Previdência e da adoção do programa de concessões.

Eles afirmam, ainda, que o ambiente político inicialmente é favorável a uma aprovação de medidas econômicas pelo Congresso Nacional.

“Houve ânimo nos mercados porque o governo referendou o discurso econômico feito durante a campanha eleitoral, de que adotará uma postura austera do controle de gastos e a questão das concessões. Isso teve uma repercussão positiva”, afirmou o economista-chefe da agência de risco Austin Ratings, Alex Agostini.

“Tem uma expectativa ainda positiva de que o governo de Bolsonaro com sua equipe econômica possa ter sucesso na aprovação da reforma da Previdência no primeiro semestre”, disse ele. “Os mercados ficaram animados sinalizando ao próprio governo que ele está no caminho certo”, pontuou.

Apoio
Embora a reforma da Previdência seja um assunto polêmico, os analistas avaliaram com bons olhos o respaldo popular de Bolsonaro, que pode ter reflexos positivos na adoção da agenda econômica.

“A receptividade se deu não só às declarações de Paulo Guedes [ministro da Economia], mas a um conjunto de informações, como a possibilidade de privatização da Eletrobras”, explicou o economista da Tendências Consultoria, Silvio Campos Neto.

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