O ministro da Educação escolhido pelo presidente eleito Jair Bolsonaro, o professor Ricardo Vélez Rodríguez, está alinhado com a agenda do vencedor das eleições em uma pauta bastante sensível: a ideologia de gênero.
Em entrevista concedida a diferentes veículos no último dia 26, ele asseverou que “quem define gênero é a natureza”. [1]
Para Vélez, o assunto simplesmente não deveria ser discutido em sala de aula. A discussão, a seu ver, seria “um pouco abstrata, um pouco geral”. Citou um exemplo que corroboraria sua posição: o Canadá.
Naquele país, a chamada “educação de gênero” foi decretada por lei federal, mas nas diversas províncias autônomas a discussão permaneceu e algumas rechaçaram a medida.
“Então eu acredito que quando consultadas as pessoas onde moram, enxergando o indivíduo, a educação de gênero é um negócio que vem de cima para baixo, de uma forma vertical e não respeita muito as individualidades.
A culminância da individualização qual é? A sexualidade. Então, se eu brigo com um indivíduo, vou brigar com a sexualidade e vou querer regulamentar a sociedade por decreto, o que não é bom”, sentenciou.
Vélez também opinou favoravelmente ao Escola Sem Partido, alegando, entretanto, que haveria uma moderação na sua regulamentação e nenhum direito de expressão seria reprimido.
Defendeu isenção ideológica nas provas para ingresso nas universidades e enfatizou que os colégios militares são sim um modelo a ser seguido, em muitos aspectos, particularmente na disciplina, pelos colégios não-militares.