A polícia italiana prendeu 15 homens suspeitos de obrigarem 12 imigrantes cristãos de pularem de um barco em pleno Mediterrâneo durante uma travessia entre o continente africano e a costa da Itália.
De acordo com a polícia de Palermo, os homens presos eram da Costa do Marfim, do Mali e do Senegal. Eles serão acusados de múltiplo homicídio motivado por ódio religioso. Além de provocarem a morte dos imigrantes, que vinham da Nigéria e de Gana, eles ameaçaram outros cristãos que estavam no barco.
De acordo com a BBC, eles estavam entre 105 pessoas que viajam em um barco inflável vindos da Líbia. Segundo os sobreviventes, outros cristãos que estavam no barco relataram terem sido ameaçados.
Segundo a CNN, os outros passageiros se salvaram porque formaram um cordão humano que evitou que eles fossem lançados no mar.
O incidente agrava uma crise humanitária: segundo a Organização Internacional para a Migração (IOM, siga em inglês), cerca de 20 mil pessoas chegaram à costa italiana este ano – durante a travessia, mais de 900 pessoas morreram desde o começo de 2015.
No ano passado, foram 3.200 mortes registradas e, desde 2000, 22 mil pessoas morreram tentando chegar à Itália.
No ano passado, 170 mil pessoas fugiram da África e do Oriente Médio e realizaram a travessia, de pelo menos 500 km, até a Itália.