O ex-deputado federal Jean Wyllys (PSOL), que deixou o Brasil no início após supostas ameaças, foi às redes sociais nesta terça-feira (20) para comentar a morte do sequestrador que fez 37 reféns dentro de um ônibus na ponte Rio-Niterói.
De acordo com o ex-parlamentar, a morte do criminoso “parece o golpe de marketing perfeito” para melhorar a imagem do governador do Rio de Janeiro, Wilson Witzel (PSL).
“O sequestro de ônibus feito por um homem com uma arma de brinquedo me parece o golpe de marketing perfeito para reabilitar a imagem e a popularidade de um governador abaladas por assassinatos de inocentes nas ações de sua polícia nas favelas”, acusou Jean Wyllys do Twitter.
O sequestrador, identificado como William Augusto Nascimento , que portava, além da arma falsa, uma arma de choque, uma faca e gasolina.
Ele foi baleado por um atirador de elite da polícia após deixar o coletivo momentaneamente. O criminoso chegou a ser socorrido, mas não resistiu aos ferimentos e morreu no hospital.
“Parece-me igualmente providencial ao golpe de marketing pra reabilitar imagem e popularidade de governador abaladas por assassinatos de jovens inocentes das favelas que o sequestrador de ônibus com arma de brinquedo tenha perfil social parecido com o dos inocentes assassinados”, continuou o ex-parlamentar.
Em outras postagens, o psolista ainda acusou o “governador e sua gente” de usar a morte do sequestrador para “justificar o extermínio” e lembrou que aliados de Witzel rasgaram placas com o nome da vereadora assassinada Marielle Franco. “Para essa gente, a vida de um rapaz que sequestra um ônibus com uma arma de brinquedo não é nada”, finalizou Jean.
Pouco menos de um mês após o presidente Jair Bolsonaro assumir como presidente da República, o então deputado federal Jean Wyllys , que havia acabado de ser reeleito, anunciou que estava deixando o País por conta de supostas ameaças de simpatizantes de Bolsonaro.