A tecnologia já tem sido usada a favor da Medicina há alguns anos e, se considerarmos as inovações, podemos afirmar que essa interação já ocorre há milênios. Portanto, a área médica está sempre em busca do pioneirismo visando à preservação da vida.
Uma das inovações mais recentes a serem aplicadas na área médica é a telemedicina, especialidade que utiliza os recursos tecnológicos para viabilizar a execução de procedimentos médicos a distância, usando meios digitais.
Essa prática tem grande potencial de tornar os serviços médicos mais acessíveis e reduzir o custo operacional da área. Além disso, a expectativa é que ela possa estreitar a relação entre pacientes e médicos, contribuindo para uma melhor interação na busca do diagnóstico e tratamento.
A seguir saiba quais são os pilares da telemedicina e como essa especialidade pode transformar a área da médica.
O que é a telemedicina?
Como visto, a telemedicina consiste no uso da tecnologia para viabilizar diferentes processos da área da saúde a distância utilizando canais digitais seguros para essas interações de acordo com a legislação reguladora do país.
Essa especialidade pode ser dividida em alguns ramos que são a teleassistência, teleconsulta, teleducação e a telerradiologia. Entenda cada um deles a seguir e saiba o papel deles no avanço e consolidação desse recurso.
Teleassistência
A teleassistência tem como objetivo a comunicação com o paciente com a intenção de proporcionar um maior bem estar para ele. Com o recurso ele pode ser monitorado em casa ou em um centro de saúde local, tanto pelo médico responsável como por outros profissionais de saúde.
Dessa forma, o paciente continua assistido, não sendo a distancia um fator que restrinja a qualidade do atendimento e atenção dada a ele.
Além do diálogo com o médico e equipe de saúde, a teleassistência utiliza equipamentos que permitem monitorar e avaliar os parâmetros clínicos do paciente que são enviados pela internet ao especialista.
Teleconsulta
A teleconsulta é um recurso usado entre os médicos com o objetivo de um auxílio ou uma segunda opinião sobre diferentes temas. O que pode ocorrer é um clínico geral buscar ajuda de um especialista para um diagnóstico ou receita, por exemplo.
A solução também pode ser usada em tempo real no auxílio e orientações sobre procedimentos médicos, sendo que uma cirurgia pode ser realizada de maneira assistida por outros profissionais, por exemplo.
Outro exemplo da teleconsulta é quando é feita uma consulta online, realizada entre médicos e pacientes.
Teleducação
Uma solução usada mais amplamente no Brasil até o momento é a teleducação, que consiste no uso da tecnologia para capacitação de profissionais da área da saúde que estejam alocados longe dos centros urbanos.
Esse recurso é usado para que esses profissionais passem por treinamentos e possam ser atualizados e preparados para diferentes demandas da área médica. São usados recursos como aulas, palestras, programas de reciclagem e e-learning, por exemplo.
Telerradiologia
Uma prática bastante consolidada no Brasil é a telerradiologia, que permite a emissão de laudos médicos a distância, sendo que ela é realizada por especialistas utilizando softwares específicos para essa atividade.
Nessa solução, o paciente realiza o exame na clínica próxima ao local de residência, e o exame digitalizado é enviado a um centro de telerradiologia que devido a alta demanda possui radiologistas especializados em tempo integral, incluindo plantões.
Esses profissionais mais experientes realizam a emissão do laudo, com acesso às observações do médico solicitante, e o envia pelo mesmo canal digital, facilitando o acesso a serviços médicos mais qualificados e especializados.
Como a telemedicina estreita a relação entre médicos e pacientes?
A telemedicina tem proporcionado diversos benefícios para a área médica, como melhor qualificação dos profissionais, acesso rápido a especialidades, redução dos custos e também estreitamente da relação entre médicos e pacientes.
Inicialmente, é preciso destacar que a telemedicina não tem como objetivo eliminar as consultas presenciais, mas sim, permitir que a assistência médica oferecida ao paciente, principalmente os de maior risco e com doenças agudas, seja mais extensiva.
Dessa forma, após um diagnóstico, por exemplo, o médico pode acompanhar o prognóstico do paciente com a teleassistência, conferindo a melhora apresentada. Também é possível que, entre a solicitação e entrega de um exame, um paciente entre em contato para informar novos sintomas.
Essa proximidade permite aumentar as chances de um diagnóstico correto e em menos tempo, assim como melhorar o prognóstico, pois toda a recuperação é monitorada pelo médico ou por uma equipe auxiliar.
Com os serviços digitais também torna-se possível que o médico tenha acesso ao histórico do paciente, com exames e outras informações relevantes, antes de iniciar o atendimento. Conhecendo de antemão esse quadro, ele tem melhores condições de proporcionar uma consulta mais completa.
A tendência é que a telemedicina receba mais investimentos e torne-se mais acessível e difundida no Brasil nos próximos anos, mostrando para médicos e pacientes que o uso da tecnologia na área médica tem muito a contribuir para melhorar o relacionamento, diagnósticos e tratamentos.
Atualmente, a telerradiologia e a teleducação são os recursos mais difundidos da telemedicina no Brasil, mas a expectativa é que tanto a teleassistência quanto a teleconsulta tornem-se mais comuns no país.