A cúpula da intervenção federal na segurança pública do Rio de Janeiro já descobriu quem matou a vereadora do PSOL, Marielle Franco e o seu motorista, Anderson Gomes.
Os dois foram assassinados quando saíam de um evento na Lapa, região central do Rio. Eles foram atingidos por 13 tiros. Câmeras de segurança estavam desativadas no momento do crime.
De acordo com a coluna de Ancelmo Gois no Jornal O Globo, os investigadores já identificaram os assassinos e os mandantes do crime, mas ainda restam buracos na investigação que comprovem o crime.
A esperança, de acordo com o colunista, é que a Polícia Federal — que ganhou acesso às investigações no sábado (8) por determinação da Justiça — consiga fundamentar as provas.
Antes disso, a Polícia Civil vinha resistindo às tentativas da PF de auxiliar na apuração do homicídio.
O miliciano Orlando Oliveira de Araújo — conhecido como Orlando de Curicica, considerado peça-chave na investigação — foi ouvido na última sexta (7) por três delegados federais.
Ele teria reafirmado o que disse em entrevista ao Globo anteriormente: agentes da Divisão de Homicídios estariam recebendo propina para não concluir inquéritos.
Na tarde de amanhã, a Câmara divulga relatório final sobre o assassinato. Segundo a Carta Capital, são esperadas críticas à demora na elucidação do caso e às investigações conduzidas pela Polícia Civil e pelo Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro.
Marielle também será homenageada durante audiência sobre os 30 anos da Constituição Brasileira e 70 anos da Declaração Universal dos Direitos Humanos, a ser celebrada na Comissão de Direitos Humanos da Câmara.