Enquanto Cuba se aproxima dos EUA, recebe jogo da Major League Baseball e desfile da Chanel e entra na rota dos cruzeiros no Caribe, a Venezuela entra em colapso total. Não que os cubanos estejam bem. Estão péssimos.
Mas, aparentemente, o regime dos Castro entendeu que precisa seguir os passos de outras ditaduras comunistas como a China e se abrir um pouco economicamente.
A Venezuela, no entanto, segue a via inversa. O regime de Maduro se fecha cada vez mais. O caos se instalou no país. Não é mais crise. É colapso. Crise se supera. O Brasil está em crise. Mas o país ainda funciona e tem perspectiva de melhorar em alguns anos. A Venezuela equivale quase a uma nação em guerra como a Síria. Está pior do que o Egito. Demorará uma geração para se reerguer. Isso se conseguir se levantar.
Algumas consultorias de risco político não descartam a possibilidade de guerra civil ainda que de baixa intensidade na Venezuela. Ao contrário do que alguns imaginam, um país não precisa estar no Oriente Médio, na África ou nos Balcãs para ter guerra civil. Basta ver os conflitos sanguinários com dezenas de milhares de mortos na Guatemala, Nicarágua e El Salvador nos anos 1980. Países que, por sinal, ficam bem próximos da Venezuela.
O Brasil precisa, portanto, estar preparado para lidar com o colapso da Venezuela, evitando ao máximo que o território brasileiro seja contaminado. A Turquia, que é um país com similaridades ao Brasil, viu seu cenário interno se deteriorar ao não saber lidar com a guerra civil na vizinha Síria.
A diplomacia do Brasil já está discutindo providências necessárias para proteção da comunidade brasileira no país caso se inicie uma guerra civil. Atualmente cerca de 32 mil brasileiros vivem na Venezuela.