O Brasil tornou-se uma república em 15 de novembro de 1889, após um golpe de Estado político-militar que destituiu o imperador D. Pedro II, e instalou a republicana presidencialista no governo brasileiro. Entretanto, o que aconteceria se o Brasil voltasse a ser uma monarquia?
Inicialmente, para mudar a forma de governo de uma república para a monarquia seria necessário um plebiscito com voto popular, onde o regime monárquico ganhasse. Então, seria necessário redigir uma nova Constituição e os descendentes da família imperial poderiam assumir o trono.
O novo imperador seria o atual Chefe da Casa Imperial do Brasil, Luís Gastão de Orléans e Bragança, de 79 anos, primeiro na linha de sucessão, bisneto da princesa Isabel e trisneto de Dom Pedro II. A nova gestão custaria milhões de reais ao Brasil, já que boa parte do sustento da família real vem do dinheiro público.
Para custear a família real britânica, por exemplo, são necessários cerca de 1 bilhão de reais por ano, sendo a verba dividida entre impostos e uma renda particular mantida pela rainha Elizabeth II.
A bandeira nacional voltaria a ser a do Brasil Imperial, e é provável que a capital do país continuasse a ser Brasília, já que a ideia de transferir a capital do Rio de Janeiro para algum lugar no centro do Brasil existia desde Dom Pedro II.
Na área política, o modelo adotado seria o mesmo da Inglaterra e da Espanha, onde os reis lideram, mas não governam, com função diplomática e simbólica, chamada de monarquia constitucional e parlamentarista. Nela, quem realmente governa, escolhe equipes e manda no orçamento é o primeiro-ministro ou um presidente, eleito por membros do legislativo.
Em uma monarquia parlamentarista seguiriam os três poderes, sendo o executivo e o legislativo mesclados e o judiciário independente. O povo participaria da eleição dos deputados e senadores do parlamento, que escolheriam o chefe do executivo.
No Brasil, entretanto, também existia um quarto poder na monarquia, chamado de moderador, que era responsável por comandar os outros e tinha como representante o imperador.
Uma outra mudança que também ocorreria seria no calendário de datas comemorativas. O feriado da Proclamação da República (15/11) passaria a não existir mais, e seria substituído pelo Dia do Descobrimento do Brasil (22/4). Além disso, o feriado de Nossa Senhora Aparecida e Dia das Crianças iria relembrar também o aniversário de D. Pedro I.
O Palácio da Alvorada se tornaria a residência oficial da família imperial e terrenos como a Ilha Fiscal, a Quinta da Boa Vista, o Jardim Botânico, o Palácio da Guanabara e o Museu Imperial, localizado em Petrópolis voltariam a ser propriedade do imperador.