Presidente licenciado da Força Sindical, o deputado Paulo Pereira da Silva (SD) afirmou nesta quarta-feira, 1º, em São Paulo, durante o ato unificado pelo Dia do Trabalho das centrais sindicais, que está tentando conquistar apoios no Centrão para a “desidratar” a reforma da Previdência.
Seu argumento é que a reforma, na proposta encaminhada pelo governo Jair Bolsonaro – que prevê uma economia de até de R$ 1 trilhão em dez anos –, e isso ajudaria na reeleição do presidente Jair Bolsonaro.
Nós “precisamos de uma reforma da Previdência que não garanta a reeleição do Bolsonaro”, disse Paulinho.
“R$ 800 bilhões garantem, de cara, e reeleição dele. Se dermos 800 [bilhões de reais], como disse ele, significa que nos últimos 3 anos dele, há 240 bilhões ao ano para gastar. Eu acho que temos de ter em torno de 500 bilhões. 600 [bilhões de reais de economia nos próximos 10 anos] seria o limite para essa reforma.”
“Com esse discurso, tenho certeza que a gente traz todo mundo do Centrão, porque ninguém aqui quer a reeleição de Bolsonaro.”
Ou seja a grosso modo, Paulo Pereira e seus aliados estão se lixando para o brasileiro, o negócio deles lá, é se manter no poder com jogadas políticas e tirar o único entrave que atrapalha suas maracutaias no congresso, ele, o presidente Jair Bolsonaro.
Quem é Paulinho da Força?
Em 2017, Paulinho da Força, teve os direitos políticos cassados por, no mínimo, cinco anos, em decisão colegiada do TRF (Tribunal Regional Federal) da 3ª Região em São Paulo.
Ele foi condenado pela prática de improbidade administrativa por utilizar recursos do FAT (Fundo de Amparo ao Trabalhador) para contratar a Fundação João Donini, sem licitação, para cursos profissionalizantes a desempregados e pessoas de baixa renda. Foram ao menos R$ 215 mil.
Em 2018 o ministro Marco Aurélio Mello, do Supremo Tribunal Federal (STF), autorizou a abertura de um novo inquérito contra o deputado Paulinho da Força (SD-SP), a pedido do Ministério Público Federal (MPF).
O político é acusado de comprar de sindicatos listas de pessoas demitidas para que sejam estimuladas a abrir ações trabalhistas contra seus ex-empregadores.
De acordo com o MPF, o esquema de captação ilícita de clientes funcionava mediante o pagamento de R$ 100 mil por escritórios de advocacia a sindicatos, com o objetivo de que estes fornecessem listas de associados demitidos, o que é vedado por lei.
Paulinho da Força seria o responsável por fazer a ponte entre as entidades sindicais e os advogados envolvidos. No pedido de abertura de inquérito, os procuradores responsáveis pelo caso anexaram uma cópia de contrato fornecida por uma testemunha que revelou o esquema.
Paulinho da Força é alvo de ao menos outros dois inquéritos em tramitação no STF. Um trata do favorecimento ilegal a sindicatos em processos de pedidos de registro no Ministério do Trabalho.
Outro foi aberto com base na delação de dois ex-executivos da empresa Odebrecht, que disseram ter pago R$ 1 milhão em caixa 2 para a campanha do deputado em 2014.
Toffoli arquiva inquéritos contra Paulinho da Força em setembro de 2018, um mês antes das eleições dando a Paulinho novamente os diretos políticos para que ele concorresse as eleições.