Dário Messer, conhecido como “Doleiros dos doleiros” ou “Doleiro do PT”, esteve foragido por um bom tempo, mas agora está prestes a fechar um acordo de delação premiada.
A mulher e os filhos de Messer já estão com seus respectivos acordos assinados, e terão que devolver quase R$ 440 milhões aos cofres públicos.
A cobertura de Dario Messer na avenida Delfim Moreira, no Leblon, um imóvel de três andares, bloqueado pelo juiz Marcelo Bretas por fazer parte de uma investigação sobre lavagem de dinheiro, está prestes a se tornar símbolo do maior acordo de devolução de recursos da história da operação em todo o país.
Embora o doleiro siga foragido, seus três filhos fecharam delação premiada com os procuradores do Ministério Público Federal (MPF) para devolver R$ 370 milhões aos cofres públicos.
Além disso, a 7ª Vara Federal de Bretas acaba de requisitar às autoridades paraguaias o bloqueio de US$ 100 milhões em bens de Messer naquele país — o equivalente hoje a mais de R$ 400 milhões.
Os quase R$ 800 milhões que sairão das mãos da família Messer vencem de goleada os dois maiores acordos feitos pela Lava Jato desde sua origem, em 2014. Até agora, Pedro Barusco, ex-gerente da Petrobras, e os irmãos doleiros Renato e Marcelo Chebar eram os recordistas — eles devolveram, cada um, cerca de U$ 100 milhões nos últimos anos.
A eventual prisão de Messer faria quem ainda não foi pego pela Lava Jato tremer, devido a seu longo período de atuação no submundo do câmbio. Muitos doleiros foram presos, mas Messer, considerado o número um da categoria, escapou. Investigadores o apontam como o cérebro de um esquema de lavagem de mais de US$ 1,6 bilhão nos últimos anos.
O PT já está em pânico.