Os índios pemones, que estavam em confronto com o Exército venezuelano, próximo à fronteira com o Brasil, fizeram militares reféns nesta sexta-feira (22).
O anúncio foi realizado por Marcel Pérez, um dos indígenas que protestavam em favor da ajuda humanitária.
Pérez conta que o sequestro dos militares foi uma maneira de pressionar o Exército do ditador Maduro a “parar com as agressões contra os venezuelanos”.
“Estamos com dois soldados, dois tenentes-coronéis e um general. Esta violência tem que parar. Não aguentamos mais”, disse.
A declaração foi feita após Pérez deixar um hospital de Pacaraima/RR, onde foi atendido após ser atingido por golpes no rosto e no corpo. Sua passagem na fronteira foi autorizada pelos militares venezuelanos em razão do seu ferimento.
Pérez ainda contou que uma indígena foi assassinada e ao menos 14 pessoas ficaram feridas no confronto.
“Nós estávamos fazendo um protesto pacífico, eles chegaram com tanques, fuzis, baionetas e partiram para agressão”, contou.
O enfrentamento que ele está se referindo ocorreu no início da manhã. As vítimas em estado grave foram transferidas para a capital Boa Vista. Os índios pemones prometem reforçar a mobilização do lado venezuelano neste sábado (23).
A intenção é pressionar o Exército a permitir a passagem de caminhões com ajuda humanitária.