O jornalista Marco Aurélio Carone ficou preso 9 meses e 20 dias em 2014, em Minas Gerais (onde Aécio Neves foi governador).
Ele é filho de um ex-prefeito de Belo Horizonte que foi aliado de Tancredo Neves.
No Diário de Minas e no Novojornal, este na internet, passou a fazer denúncias contra o grupo político do hoje senador e presidente do PSDB, Aécio Neves.
O jornalista se diz vítima de policiais, procuradores, juizes e desembargadores de Minas, que estariam a serviço de Aécio.
Carone foi solto 5 dias depois da eleição presidencial em que Aécio foi derrotado por Dilma Rousseff.
Foi absolvido no processo que o levou à prisão.
Mas, enquanto esteve na cadeia, não pode fazer as denúncias que pretendia fazer contra o tucano.
Na Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara dos Deputados, Carone contou quais eram: financiamento de campanha via caixa dois, envolvimento de Andreia Neves, esquema na mineração e exportação de nióbio e uso político da estatal Cemig, a Companhia Energética de Minas Gerais, dentre outros.
Também depôs Geraldo Elísio, o jornalista que trabalhava com Carone e sofreu busca e apreensão da polícia civil de Minas Gerais — segundo ele, o objetivo era descobrir as fontes das denúncias.
Num dos trechos de seu depoimento, Elísio disse que o helicóptero apreendido com 450 kg de pasta base em Minas fez pelo menos três pousos em Divinópolis, no interior do Estado, sugerindo assim que o aparelho — de propriedade da Limeira Agropecuária, do senador Zezé Perrella, aliado de Aécio Neves — fazia o vôo regularmente.
Reproduzimos acima as falas de Carone e Elísio.
Abaixo, a audiência na íntegra:
https://youtu.be/0u2MN8Cntgw?list=PLJYNsA5hoCfscxlKauOUdAuADZswT4tEL