Não. Nem Freud explicaria o atual cenário mental que domina o país, vivemos uma época tão obscura que nossa esperança precisaria de uma super lanterna turbo para clarear nosso futuro. A relatividade é uma constante em qualquer debate, em qualquer ambiente que envolva política partidária ou política pública de governo.
Tudo depende. Depende de quem falou, depende de que lado o emissor está, quem ele apoia politicamente ou contra quem se falou. A maior difusora desse mecanismo débil de interpretação é a grande mídia. Esta, predominantemente, ocupada por esquerdistas promove os maiores alardes imagináveis diante de certos casos (que envolvem adversários políticos), já em outros, mesmo que o fato seja grave, são tratados com toda ternura e suavidade que as palavras podem descrever. Quase como uma lírica poesia!
A teoria da relatividade é um fenômeno tipicamente brazuca, nesta terra tudo que não tem serventia se propaga com vigor e velocidade. Tudo em prol da causa. Esta causa pode ser ideológica, mas, em grande parte tem questões de interesse financeiro por trás também. Governos petistas sofreram aparentes críticas, é verdade, mas, sempre que estes encontram um adversário com poder para derrubá-los, a mesma imprensa, em grade parte, toma seu lado para proteger seus negócios.
Assim, demonizam tudo que seus adversários fazem ou falam, pois é melhor um governo que injeta dinheiro público em sua publicidades do que um que fala em tirar a “teta do governo” dos seus negócios. É aí, onde a teoria da relatividade encontra espaço e público ávido por suas manchetes.
O machismo é reprovável. Mas, dependendo de quem produziu o discurso machista, talvez não tenha sido tão machista assim! O humorista Danilo Gentili explica esse fenômeno muito bem. Em 2014, quando fazia piada envolvendo a Dilma, ele era constantemente interpelado por que estava sendo machista, pois ele estava fazendo piada com uma mulher, portanto, isso era um machismo! O humorista relata que fazia piada com todo mundo e que o fato de ser homem ou mulher não influenciava na piada, mas sim, o conteúdo dela.
O mesmo Gentili relata que, estranhamente, quando se faz piada com a Marcela Temer, por exemplo, a patrulha do politicamente correto não o importuna mais. Pode fala que ela é interesseira, piriguete, enfim, isso não é visto mais como machismo! Tudo depende, depende de quem fala ou de quem se fala, como nesse caso.
Quando Lula falou ao telefone sobre “Mulher do grelo duro” essa declaração não foi ofensiva nem machista. Quando o mesmo Lula falou que a cidade de Pelotas era “exportadora de viado” não houve repercussão na mídia com o termo homofóbico ou preconceituoso, pois foi o oráculo da turminha progressista quem falou.
Por outro lado, quando o presidenciável Bolsonaro fala algo fora do politicamente correto, a patrulha frenética logo aparece aos berros deflagrando termos como homofóbico, fascista, nazista, misógino… são os propaladores da teoria da relatividade made in Brazil. Ainda querem ser levados a sério!
Durantes os últimos dois dias, tenho observado uma inundação de postagens de eleitores petistas se dizendo assustados com a morte de um homem em Salvador. Segundo relatos, teria sido morto a facadas por uma pessoa ao fazer críticas ao candidato Bolsonaro, colocando-o na cena do crime, praticamente. De fato, algo reprovável.
Mas, meu papel é analisar a conjuntura psíquica e política de toda essa questão da teoria da relatividade made in Brazil, por isso, tenho que lembrar algo ainda muito recente e que eles, eleitores e mídia canhota, tentam deletar de suas memórias. Jair Bolsonaro (que ainda nem se recuperou) foi esfaqueado por um lunático petista que foi até filiado ao PSOL, mês passado. Isso parece não ter existido por que, claro, a teoria não os permite fazer esse tipo de avaliação sobre coerência.
Outros casos estão pipocando na mídia e redes sociais de possíveis atentados a pessoas por (supostos) eleitores do Bolsonaro, colocando-o, repito, praticamente nas cenas dos crimes. Mas, os mesmos veículos que noticiam esses bárbaros casos, é verdade, fingem não ter existido a covarde agressão do vereador petista Manoel Eduardo Marinho que quase matou o empresário Carlos Alberto Bettoni, este sofreu traumatismo craniano.
O engraçado é que nessa matéria do G1, diz que “Bettoni caiu e bateu a cabeça no para-choque de um caminhão que passava na rua.” Percebem o distanciamento entre um empurrão dado por um petista e um simples “Bettoni caiu”. Já uma fala de alguém ligado ao campo da direita da política será sempre um atentado à democracia, à vida, às minorias, ao passo que tentativas de homicídio que se cometem por aí são vistas como desentendimentos, simples assim.
Na mesma consonância, quando o Deputado federal Jean Wyllys chamou um homem de negro e gordo, por ter feito uma crítica ao parlamentar, a grande mídia não tocou suas trombetas aos quatro ventos para chamá-lo de racista ou preconceituoso! A teoria da relatividade sempre funciona quando é interessante para eles progressistas/ esquerdistas, o mesmo não acontece, nem era pra acontecer, com quem pratica os mesmos atos e estão do outro lado da ponte.
A velha tática dos mestres do comunismo sempre usada pelos seus adeptos, “acuse os adversários do que você faz, chame-os do que você é” como dizia Lênin, mas, se não funcionar use a teoria da relatividade made in Brazil, pois tudo que é usado em prol da causa é bem vindo, não importa se não têm coerência ou lógica, ninguém dentre seus fiéis seguidores notará isso, estão ocupados demais com suas paixões aos seus líderes.