A advogada e professora Luciana Temer, uma das filhas do presidente Michel Temer (MDB), declarou apoio a Fernando Haddad (PT) no segundo turno presidencial.
Ela foi secretária municipal de Assistência Social na gestão do petista na Prefeitura de São Paulo.
Em uma rede social, Luciana postou uma foto com Haddad durante uma inauguração e escreveu: “Esse homem nunca me pediu que atendesse a nenhuma pressão política, fosse do partido que fosse. E não eram poucas. Ao contrário. Sempre me disse para fazer o que achasse certo”.
A filha mais velha de Temer conclui a legenda no Instagram com a hashtag #NAOsouPTmassouHADDAD (“não sou PT, mas sou Haddad”).
Luciana leciona na Faculdade de Direito da PUC-SP e na Uninove, além de ser diretora-presidente do Instituto Liberta, ONG de combate à exploração sexual infantil.
No primeiro turno, ela já havia postado apoio à campanha “Ele Não”, de oposição a Jair Bolsonaro (PSL).
Sua irmã Maristela Temer endossou a manifestação: “Muito bem irmã! #admiraçãomaster”, disse nos comentários.
A sucessão presidencial tem dividido os parentes de Temer. A advogada Fernanda Tedeschi, irmã da primeira-dama Marcela e cunhada do presidente, curtiu no fim de semana da eleição postagens no Instagram simpáticas a Bolsonaro.
Uma delas, do perfil “Bolsogatas”, mostrava uma mulher usando uma camiseta com o rosto do capitão reformado. Outra foto tinha a expressão “Ele Sim”.
Fernanda também publicou uma mensagem ilustrada com bandeiras do Brasil. Nela estava escrita a frase “a imprensa brasileira é suja”, acompanhada de emojis de fezes.
O texto principal era: “Que neste 7 de outubro deixemos de ser tão 12 de outubro e sejamos mais 7 de setembro, pois só com muito 1º de maio o nosso Brasil não será um eterno 1º de abril”.
As datas se referiam, respectivamente, ao dia da votação, ao Dia da Criança e de Nossa Senhora Aparecida, ao feriado da Independência do Brasil, ao Dia do Trabalhador e ao dia da mentira.
Procurada por email, Fernanda não respondeu à Folha sobre apoio ao postulante do PSL.
Karlo Tedeschi, também irmão de Marcela Temer, compartilhou na semana da eleição uma montagem com o rosto de Bolsonaro e do então candidato do MDB ao governo de São Paulo, Paulo Skaf.