O Partido dos Trabalhadores ( PT ) foi a única grande sigla que se recusou a assinar o documento contra fake news (notícias falsas), elaborado pelo TSE (Tribunal Superior Eleitoral) no dia 5 de junho.
O documento contra fake news refutado pelos líderes do PT foi firmado pelo então presidente do Tribunal Superior Eleitoral, ministro Luiz Fux. Ao todo, 31 partidos concordaram com o termo.
A presidente do PT, Gleisi Hoffmann tratou de rebaixar o documento e disse que o partido não assinou o acordo porque o cumprimento da Constituição é responsabilidade da Justiça Eleitoral e que isso deve ocorrer independente de qualquer termo durante a campanha eleitoral .
“Da forma como foi proposto pelo presidente do TSE em final de mandato, Luiz Fux, o compromisso contra fake news não passa de mais uma fake news. E não será endossado pelo PT.
Da Justiça, inclusive da Justiça Eleitoral, o que se espera é que faça cumprir a lei, punindo quem espalha mentiras, com os instrumentos que a lei já dispõe, e garantindo o direito de resposta e a livre circulação da verdade, seja na imprensa tradicional seja nos meios digitais”, escreveu Gleisi em artigo.
Porém, mesmo negando participar do acordo entre os partidos, os petistas pressionam o TSE para investigar o mais rápido possível a denúncia que foi feita pelo jornal Folha de S. Paulo na última quinta-feira (18) de que empresas pagaram pelo disparo em massa de mensagens falsas contro o PT pelas redes sociais.
Com a derrota no primeiro turno e seguidas pesquisas que mostram o candidato à presidência Fernando Haddad atrás de Jair Bolsonaro, o partido tenta se agarrar em todas as chances de se manter vivo na disputa.
Na quinta-feira (18), a coligação O Povo Feliz de Novo, que congrega PT, PCdoB e Pros em torno da candidatura de Fernando Haddad , recorreu ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para pedir a investigação da denúncia do jornal.
O Ministério Público Eleitoral (MPE) já informou que vai apurar a suspeita de ‘caixa dois de Bolsonaro’.
Além do PT , o PTC (Partido Trabalhista Cristão), PCO (Partido da Causa Operária) e o PSTU (Partido Socialista dos Trabalhadores Unificado) não assinaram o documento contra fake news.