O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, disse na sexta-feira (8) que seu segundo encontro com o líder norte-coreano Kim Jong-un acontecerá na cidade de Hanói, capital do Vietnã, nos dias 27 e 28 de fevereiro.
Durante o discurso de estado da União, Trump já havia confirmado um segundo encontro com Kim, mas a cidade ainda não havia sido cofirmada — a escolha estava entre Hanói e Da Nang, também no Vietnã.
Stephen Biegun, o representante especial dos EUA na Coreia do Norte, realizou três dias de conversas com Pyongyang como preparação para o encontro, disse o Departamento de Estado dos EUA na sexta-feira.
De acordo com Trump, diplomatas norte-americanos tiveram “um encontro muito produtivo” com autoridades norte-coreanas, e anunciou um novo encontro com o líder da Coreia do Norte, Kim Jong Un, na capital do Vietnã, Hanói.
“Estou ansioso por encontrar o presidente Kim e avançar na causa da paz!”, completou Trump.
Em suas conversas em Pyongyang, ocorridas de quarta a sexta-feira, Biegun e Kim Hyok Chol “discutiram o avanço dos compromissos do presidente Trump e do presidente Kim em Cingapura para a completa desnuclearização, transformando as relações entre os EUA e a RPDC e construindo uma paz duradoura na Península das Coreias”, disse o Departamento de Estado, que afirmou que os dois representantes devem se reunir novamente antes do encontro entre os chefes de Estado.
Com apenas semanas separando o anúncio do encontro, depois de uma reunião sem precedentes ocorrida entre os chefes de Estado em junho, em Cingapura, ambos os lados aparentemente não estreitaram as diferenças sobre as exigências dos EUA para que a Coreia do Norte desista de seu programa de armas nucleares que ameaça os EUA.
Apesar dos acenos do governo norte-americano, um relatório enviado ao Conselho de Segurança da ONU na terça-feira (5) acusou os programas de armas nucleares e mísseis balísticos da Coreia do Norte de permanecerem intactos.
O documento diz que Pyongyang usa aeroportos e outras instalações para proteger suas armas contra possíveis ataques.
Dias antes, o diretor nacional de Inteligência dos Estados Unidos, Dan Coats, disse ser improvável que a Coreia do Norte abra mão da capacidade de fabricar armas nucleares. A declaração levou Trump a rejeitar a avaliação e a criticá-la publicamente no Twitter.