José Romildo – Correspondente da Agência Brasil
O futuro presidente Donald Trump vai governar com apoio de maioria de republicanos no Congresso dos Estados Unidos. Na terça-feira (8), além de escolher o novo presidente do país, os norte-americanos também elegeram senadores e deputados.
Embora as apurações ainda não tenham terminado, já é possível fazer um quadro aproximado sobre como vai ficar a distribuição de cadeiras entre os partidos Republicano, que lançou Donald Trump como candidato, e Democrata, que teve como candidata Hillary Clinton.
Dos 100 parlamentares que compõem o Senado, 51 são correligionários de Trump, contra 48 do Partido Democrata – uma cadeira ainda aguarda o fim da apuração). Já na Câmara dos Deputados (chamada de Câmara dos Representantes), são 435 representantes: o Partido Republicano elegeu 239, contra 193 representantes democratas – três cadeiras ainda não estão definidas.
O controle simultâneo pelo Partido Republicano da presidência dos Estados Unidos e também das duas casas no Congresso surpreendeu não só os líderes democratas, como também muitos republicanos, e é uma situação que não se via na politica norte-americana desde 2006.
Essa nova composição de poder assusta e divide os líderes do Partido Democrata. Muitos consideram que os números do colégio eleitoral não representam o sentimento da população americana porque é possível que, uma vez terminada a contagem de votos, Hillary Clinton tenha mais votos populares do que o presidente eleito Donald Trump. Isso ocorreria porque os estados norte-americanos não dão aos candidatos a presidente os votos proporcionais ao número de pessoas que votaram e sim ao número de delegados no colégio eleitoral.
Outros líderes democratas, como a candidata democrata Hillary Clinton e o presidente Barack Obama estão fazendo um apelo para que a população aceite o resultado das urnas, em uma tentativa de conter os protestos que ocorrem em várias cidades do país, contra o resultado do pleito.
Edição: Denise Griesinger