A Venezuela triplicou o salário mínimo para 3 milhões de bolívares, o equivalente a US$ 1,14 (aproximadamente R$ 4,29) na taxa de câmbio do mercado negro, uma vez que o país enfrenta a hiperinflação.
Em um discurso televisionado, o presidente Nicolás Maduro disse, na quarta-feira (20), que os trabalhadores também receberão 2,2 milhões de bolívares em vales-refeição, elevando a compensação total a 5,2 milhões de bolívares — cerca de US$ 1,98 (R$ 7,46) no mercado negro.
A inflação atual da nação antes próspera está perto de 25.000%, de acordo com a legislatura controlada pela oposição, e os cidadãos enfrentam uma escassez crônica de alimentos e remédios.
Atualmente os aumentos do salário mínimo são decretados várias vezes por ano, mas raramente acompanham a depreciação do bolívar, que perdeu 99% de seu valor no mercado negro desde que Maduro tomou posse em 2013.
Maduro diz que a situação venezuelana é resultado de uma “guerra econômica” liderada por políticos opositores com a ajuda de Washington.
A conversão monetária que retirará cinco zeros do bolívar forte, que será a nova moeda na Venezuela, a partir da próxima segunda-feira (20), veio em um momento em que a quantidade de dinheiro para a compra de qualquer produto já se tornara imensa. Um pacote de 1 kg de massa é retratado ao lado de 2.500.000 bolívares, seu preço é o equivalente a 0,38 dólares (R$ 1,48), em um mini-mercado em Caracas, Venezuela, no bairro de Catia.
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