A Justiça do Rio de Janeiro autorizou o bloqueio de cerca de R$ 196 milhões do ex-governador Sérgio Cabral e do empresário Eike Batista e de suas empresas. Além de dois assessores.
A decisão acatou um pedido feito pela Procuradoria-Geral do Estado (PGE) para reaver recursos públicos desviados em esquemas de corrupção, pelos quais os dois são investigados.
O que motivou a ação foi um contrato fictício de mais de US$ 16 milhões estabelecido entre uma das empresas de Eike e uma offshore de fachada, que seria de Sérgio Cabral, para lavar dinheiro.
também é objeto um outro contrato menor, de R$ 1 milhão, estabelecido entre a holding de Batista e a firma de advocacia de Adriana Ancelmo, esposa do ex-governador.
Tanto Cabral quanto Batista já foram condenados em ações decorrentes da operação Lava Jato no Rio.
Enquanto o ex-governador segue encarcerado desde 2016, atualmente no Complexo Penitenciário de Bangu, o empresário cumpre prisão domiciliar.
Em nota, a defesa de Cabral informou que ele está à disposição das autoridades para esclarecer qualquer assunto relacionado ao seu governo e como reparar eventuais danos.
A defesa de Eike Batista declarou que a referida ação de improbidade é mais uma aberração jurídica sofrida pelo seu cliente, com origem em fatos que comprovadamente não existiram e que serão sepultados no julgamento de Segunda Instância.