Afinal, qual a importância do satélite Amazônia-1 para o Brasil?

Na madrugada do dia 28 de fevereiro, conforme adiantado pelo Conexão Política em 3 de fevereiro, o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) realizou o lançamento do satélite Amazônia-1.

O equipamento faz parte de um programa de 3 satélites totalmente desenvolvidos e projetados no Brasil.

Após o envio do Amazônia-1 à órbita, a expectativa do programa espacial brasileiro é lançar dois novos satélites, ainda sem data definida, com os nomes Amazônia-1B e Amazônia 2-B.

O grande objetivo desse lançamento é o monitoramento ambiental e agrícola, especialmente da região da Floresta Amazônica. Além desses aspectos de observação, será possível utilizar os produtos gerados para fins de monitoramento costeiro, corpos hídricos e desastres naturais.

O Amazônia-1 possui  um imageador óptico com 3 bandas espectrais no campo visível (RGB) e 1 no infravermelho próximo. Com essas bandas será possível analisar a cobertura vegetal em larga escala. Outro dado importante é a faixa de resolução geométrica que corresponde a 64 metros (tamanho do píxel).

A resolução temporal do satélite é de 5 dias (nadir) e 2 dias (off-nadir), ou seja, o Amazônia-1 será capaz de disponibilizar imagens no campo visível e infravermelho num intervalo de 2 dias para uma mesma região, além de auxiliar na captura de imagens úteis – sem a interferência de nuvens na região.

O lançamento do satélite ocorreu no Centro Espacial de Satish Dhawan (Satish Dhawan Space Centre), em Sriharikota, na Índia. Muitos questionaram o porquê de o envio à órbita não ter ocorrido na base de Alcântara/MA. O fato é que Alcântara ainda não está pronta para novos lançamentos. Alguns investimentos e parcerias estão sendo feitos não apenas para a base, mas para a infraestrutura local da região.

O INPE desde 2004 disponibiliza dados de sensoriamento remoto de maneira gratuita para a população civil. Os satélites são das mais diversas plataformas, inclusive do programa CBRES (parceria entre Brasil e China).

Imagem: Carolina Antunes | Presidência da República

Durante o lançamento do satélite, o ministro da Ciência e Tecnologia, Marcos Pontes, realizou um pronunciamento ao vivo.

Em seu discurso, Pontes afirmou: “São 26 técnicos do INPE trabalhando no satélite. Aqui na Índia há um bom tempo e a informação que tive do diretor Clezio é que está tudo luz verde, então os sistemas estão operacionais, em modo de voo e agora começam as desconexões, do modo de sustentação de solo para que ele fique independente.”

Ainda de acordo com o ministro, o lançamento do Amazônia-1 representa um impulso no programa espacial brasileiro. “Estou bastante feliz! Sucesso a todos nós!”, declarou.

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