Autoridades australianas removem filha adolescente da casa dos pais por eles se recusarem a deixá-la fazer tratamento para “se tornar” menino

A polícia australiana retirou uma adolescente da guarda dos pais por eles não permitirem que ela fizesse um tratamento hormonal para “se tornar” um menino. Os pais se opuseram às acusações feitas contra eles pelas autoridades e estão em processo de apelar da decisão.

Em uma ordem de proteção de outubro, um juiz australiano do tribunal infantil do estado ordenou que a adolescente de 15 anos, com disforia sexual, fosse removida de sua casa depois que o magistrado soube da recusa dos pais de permitir “a transição sexual”, considerando a recusa como “abusiva”. Ele citou o risco da menina se machucar, pois ela teria discutido o suicídio em salas de chat online.

Os pais negam qualquer abuso de sua filha.

“[As autoridades dizem que] não permitiremos que ela mude de sexo, que é perigoso para ela voltar para nossa casa porque iremos abusar dela mentalmente – eles querem que nós consintamos com o tratamento de testosterona”, disse o pai ao The Australian.

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Os pais expressaram pesar pela perda de sua filha, de acordo com o The Australian, e a mãe disse que a família e os amigos ficaram chocados com a ordem do magistrado.

“Especialmente os australianos, eles simplesmente não conseguem acreditar que isso acontece na Austrália”, disse a mãe.

Os pais estão pedindo uma segunda opinião antes que os médicos avancem ao dar injeções de hormônio em sua filha e uma possível cirurgia para torná-la mais parecida com um homem. Os advogados que representam a adolescente já entraram com uma ação legal em 7 de novembro para os médicos começarem a ‘transição’ para fazê-la parecer homem.

As autoridades de proteção à criança do país, no entanto, teriam concordado com o pedido dos pais de obter uma segunda opinião, informou o The Australian.

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Segundo o The Australian, um advogado que representa os pais disse que o magistrado cometeu um erro na decisão ao insistir que a decisão não tinha nada a ver com as causas da disforia sexual ou opções de tratamento”. O advogado apresentou os papéis em 20 de novembro.

“É polêmico porque diferentes médicos podem chegar a diferentes diagnósticos e diferentes tratamentos, então é totalmente apropriado que os pais busquem uma segunda opinião antes de seguir com um tratamento irreversível”, disse o advogado.

A ex-candidata política conservadora de Melbourne, Vickie Janson, chamou a pressão do tribunal sobre a menina em relação aos hormônios para fazê-la parecer mais um homem “simplesmente imprudente”.

“Os pais disseram que sabiam que sua filha estava deprimida e precisava de ajuda, mas queriam um psicólogo independente para considerar todas as possíveis causas subjacentes, não apenas questões de sexo, e procurar opções de tratamento não invasivo. A adolescente perdeu amigos após uma mudança da família aos 13 anos, não tinha habilidades sociais, tinha ansiedade em relação à alimentação e à imagem corporal e um início difícil na puberdade, disse sua mãe…Correr para tratamentos prejudiciais e irreversíveis é simplesmente imprudente”, comentou Vickie Janson no Facebook, em 28 de novembro.

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