Ciro Gomes e Alckmin vão aos EUA criticar Bolsonaro

O ex-governador do estado de São Paulo e ex-candidato à Presidência da República pelo PSDB, Geraldo Alckmin , criticou nesta sexta-feira a política externa do governo Bolsonaro para os Estados Unidos, que chamou de “totalmente errática”.

– Um mundo que é asiático, a Ásia já é hoje a maior população do mundo, grande centro econômico, a China é o maior investidor do Brasil. Você entrar de maneira caudatária na política do Trump.

Caudatária criando sem nenhuma necessidade, um atrito com o mundo Árabe que é o grande comprador do que nos temos que vender, do setor mais dinâmico da economia brasileira, que é o agronegócio brasileiro, é uma coisa inadmissível.

O ex-governador também disse que “nós do PSDB não vamos participar do governo, não vamos ter cargo no governo, não vamos fazer parte da base, mas vamos votar os projetos de interesse do país”.

O ex-governador do Ceará e também ex-candidato Ciro Gomes (PDT) também criticou a política externa do atual governo, que chamou de “vassalagem vergonhosa ao Trump”, citando o Acordo de Salvaguardas Tecnológicas que permitirá a utilização comercial da Base de Alcântara, as cotas de importação de trigo negociadas durante a visita de Bolsonaro aos Estados Unidos e até mesmo a menção de Trump sobre a possibilidade de o Brasil entrar na OTAN ( organização do tratado do Atlântico Norte), dizendo que o Brasil fica no hemisfério Sul e que “só tem um pedacinho no Norte no Amapá”.

Os ex-candidatos participaram de um debate sobre Brasil pós-eleições junto com o ex-ministro da Fazenda Henrique Meirelles, que afirmou ter confiança nas instituições do Brasil e que não acredita em ameaça à democracia no país.

O painel fechou o primeiro dia de palestras da Brazil Conference, promovida por alunos brasileiros das universidades de Harvard e do MIT.

Ao final do debate, jornalistas do O GLOBO perguntaram ao General Santos Cruz se tinha comentários sobre declarações feitos pelos ex-candidatos, muito focados no atual governo.

O ministro está em Boston para participar do evento como palestrante em dois painéis, um sobre infraestrutura e outro sobre operações de paz da ONU. O general afirmou que não via necessidade de responder por se tratar de um painel.

– Tem coisa que é bom escutar para aproveitar algumas coisas e outras você não pode nem considerar. Isso aí é assim mesmo – disse.

 

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