“Coronavac não é a vacina chinesa”, diz Dimas Covas

Dimas Covas, do Instituto Butantan, que fabrica a Coronavac, disse no Roda Viva que confia no corpo técnico da Anvisa:

“A Coronavac não é a vacina chinesa, é a vacina brasileira, do Instituto Butantan. O Butantan, em parceria com a Sinovac, está desenvolvendo essa vacina (…)”, afirmou.

E acrescentou:

“A Anvisa tem total independência. Eu quero crer que o corpo técnico da Anvisa, que é muito capacitado, vai fazer todo o esforço para permitir que o Brasil tenha rapidamente essas vacinas, seja do Butantan, da Fiocruz, da Pfizer.”

Vacina chinesa

Ontem, antes mesmo da declaração acima, o chefe de redação do Conexão Política, Davy Albuquerque, alertou sobre a estratégia política e midiática em torno da China.

Segundo ele, há uma forte movimentação para encobrir a responsabilidade do país asiático em torno do surto da covid-19.

E não apenas isso. Ainda de acordo com Davy, tudo o que puder ser feito para diminuir a carga negativa sobre a China será feito para emplacar o que as lideranças chinesas bem entenderem. Tudo em torno de uma visão geopolítica.

Apesar de Dimas Covas dizer que a CoronaVac não é uma vacina chinesa, os principais veículos de comunicação do Brasil e do mundo classificam a substância chinesa exatamente assim.

Independente da posição editorial de determinados veículos, o termo ‘vacina chinesa’ é unanimidade.

Correio do Povo: Anvisa questiona transparência em aprovação de vacina chinesa

Viva Bem, do UOL: “Faz sentido tanta rejeição à vacina chinesa? Compreenda melhor a CoronaVac”

Valor Investe, do grupo Globo: “Vacina chinesa produz anticorpos contra covid-19 em 97% dos casos testados”

Super Interessante, do grupo Abril: “O trunfo da vacina chinesa”

G1, do grupo Globo: “O que se sabe sobre a vacina chinesa em teste no Brasil”

Questionando 

Após a fala de Dimas Covas, vale a reflexão sobre alguns questionamentos:

Haverá, a partir de agora, uma política clara [seja do governo de SP ou qualquer outro] para combater quem utilizar o termo ‘vacina chinesa’ — inserindo todos esses em uma ‘espiral do silêncio’ ou em um ‘paredão’ de retaliações por discordar de uma autoridade?

Ainda há democracia e liberdade de expressão no Brasil ao ponto de discordar e rebater qualquer pensamento de quem quer que seja?

A quem interessa essa defesa tão extensiva sobre a ditadura chinesa?

Eis a questão.

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