Apesar do empenho em transformar o terrorista em mito a mediocridade da película não convence e filme não ganha nada em no festival de Berlim
Apesar das sucessivas derrotas sofridas no campo político a esquerda brasileira não baixa a guarda, principalmente no campo cultural.
Uma prova viva é o filme do ator, e ex-capitão Nascimento, Wagner Moura sobre a vida do guerrilheiro comunista e terrorista Carlos Marighella.
Financiado através do Fundo Setorial de Cinema (FSA) que também são recursos públicos, o filme não tem compromisso com a bilheteria, mas foi realizado para ser referência e inspiração para militância.
As falsificações do filme começam na escolha do ator que interpreta o terrorista, Seu Jorge.
A motivação é clara, Wagner Moura tenta criar a narrativa de que a repressão aos movimentos revolucionários, durante o governo militar, ao invés de uma motivação político ideológica, na verdade, teriam uma motivação racista.
A mentira beira o ridículo quando o personagem Delegado Lúcio afirma que “matar um preto é o mesmo que matar um vermelho”.
O que a produção deixa de mostrar é que os grupos armados que operaram no Brasil eram majoritariamente formados por jovens universitários de classe média e brancos.