Empresa de filho de Lula recebeu R$ 103 milhões, aponta laudo da PF

Os principais financiadores da empresa Gamecorp, que pertence a um dos
filhos do ex­presidente Lula, injetaram na firma ao menos R$ 103 milhões, de
acordo com laudo elaborado na Operação Lava Jato.

A cervejaria Petrópolis e empresas ligadas à Oi são os principais remetentes desses recursos.
Companhias como a Oi Móvel e a Telemar Internet, ligadas à empresa de
telefonia, colocaram um total de R$ 82 milhões na empresa, em valores não
corrigidos.

A Oi, que neste ano fez o maior pedido de recuperação judicial do país, já
havia investido R$ 5,2 milhões na Gamecorp em 2005, ainda com o nome
Telemar. A empresa, responsável pelo canal Play TV, aparece registrada na
Junta Comercial nos nomes de Fábio Luís Lula da Silva, Kalil Bittar,
Fernando Bittar e Leonardo Badra, que diz ter se desligado da firma em 2009.
A defesa de Lula afirma que a companhia de telefonia é acionista da
Gamecorp.

O laudo foi elaborado pela Polícia Federal e não traz conclusões a respeito
desses repasses. Está anexado a um dos inquéritos sobre o ex­presidente naLava Jato.

A análise não especifica as datas de pagamentos. Entre os financiadores,
também está o iG, Internet Group do Brasil, que pertenceu à Oi até 2012. A
empresa de Fábio Luís foi constituída em 2004.

O aporte de 2005 foi objeto de investigação da Polícia Federal e do Ministério
Público Federal, mas o caso acabou arquivado em 2012.
A Oi tinha como uma das controladoras até 2014 a holding da empreiteira
Andrade Gutierrez e aparece em outros episódios da Lava Jato.

Uma outra investigação relacionada a Lula, por exemplo, apura a instalação
de uma antena da companhia telefônica próxima ao sítio em Atibaia (SP), que
tem Fernando Bittar como um dos proprietários.

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