Ex-governador do Mato Grosso presta depoimento sobre esquema de propina durante sua gestão

O mais esperado depoimento da CPI do Paletó ocorreu na manhã desta sexta-feira, na Câmara Municipal de Cuiabá, e durou quase quatro horas.

O ex-governador de Mato Grosso Silval Barbosa citou nominalmente os 22 deputados estaduais que teriam recebido propina para aprovar as obras da Copa do Mundo.

Acusou servidores e políticos de cobrar R$ 2 milhões para liberar obras junto ao DNIT, Departamento Nacional de Infraestrutura de Transporte.

Logo no início do depoimento, Silval falou sobre as imagens gravadas por seu assessor Silvio Correia e que revelariam a entrega de dinheiro em espécie para parlamentares, entre eles, o atual prefeito de Cuiabá, Emanuel Pinheiro.

O ex-governador de Mato Grosso se disse arrependido e afirmou que os esquemas continuam vigentes. Silval Barbosa confessou participar de redes de corrupção desde 1998, quando começou a vida política como parlamentar.

O ex-governador foi condenado a 13 anos de prisão. Chegou a ficar em regime fechado de 2015 a 2017. E atualmente cumpre pena domiciliar.

A CPI do Paletó investiga o envolvimento do prefeito de Cuiabá, Emanuel Pinheiro, nos esquemas de corrupção com o governo do estado, no mandato anterior, quando ele ainda era deputado estadual.

Silval Barbosa afirmou que Emanuel era um dos parlamentares que recebia propina para aprovar as obras da Copa do Mundo e que teria até mesmo ido ao seu gabinete cobrar parcelas atrasadas. Procuramos as assessorias do prefeito e do DNIT, mas até o fechamento desta reportagem, não obtivemos resposta.

DEIXE UM COMENTÁRIO