Preso pela polícia espanhola com 39 kg de cocaína num avião reserva da comitiva do presidente Jair Bolsonaro, o segundo-sargento da Aeronáutica Manoel Silva Rodrigues fez ao menos 29 viagens no Brasil e no exterior desde 2011, várias delas acompanhando a presidente Dilma Rousseff e posteriormente o presidente Michel Temer.
Em nota a assessoria da Presidência afirmou que “o militar não trabalha na Presidência da República e não estaria na comitiva presidencial”. “Ele pertence ao Grupo de Transportes Especiais da Força Aérea Brasileira e exerce função de comissário de bordo”, disse.
Mesmo assim o militar poderia cometer algum tipo de atentado contra o presidente devido a proximidade. Quem se dispôs a audácia de trabalhar como “mula” com um avião da FAB para transportar drogas seria capaz de qualquer coisa. Falha da segurança.
Em mensagem publicada em rede social nesta quarta, Bolsonaro disse considerar “inaceitável” o episódio envolvendo o sargento.
“Apesar de não ter relação com minha equipe, o episódio de ontem, ocorrido na Espanha, é inaceitável. Exigi investigação imediata e punição severa ao responsável pelo material entorpecente encontrado no avião da FAB. Não toleraremos tamanho desrespeito ao nosso país!”, afirmou.