Flávio Bolsonaro: eleito senador para defender os interesses do país ou suas próprias ambições?

Eu, Raul, na condição opinativa que esta coluna me permite, venho expor alguns pontos de observância que tenho feito em torno de Flávio Bolsonaro, eleito senador pelo Rio de Janeiro em 2018.

O objetivo deste texto não é ‘cancelar’ o parlamentar em questão, mas trazer alguns pontos para a reflexão dos leitores do Conexão Política. Leitores esses que eu tenho a plena certeza de que são comprometidos com o Brasil e desejam que ocorra uma verdadeira mudança em nosso país.

Antes mesmo de ser eleito senador da República, Flávio Bolsonaro já era destaque nacional por ser um excelente deputado estadual.

O destaque em torno do ’01’, assim chamado pelo próprio pai, Jair Bolsonaro, não se dava apenas por carregar um nome forte, mas porque realmente buscava pautar questões que sempre estiveram no interesse população.

Diversas vezes usei meu espaço opinativo para destacar os bons projetos do então deputado federal, assim como também as boas ideias que ele apresentava para colocar em prática quando chegasse ao Senado.

Contudo, após ser eleito, Flávio foi cercado por inúmeros ataques em torno do seu nome e de pessoas ligadas a ele. Uma série de denúncias passaram a ser constantemente veiculadas na mídia. Muitas delas, inclusive, usadas com um único interesse de assassinar a reputação de Flávio, visando também atingir o presidente da República e o governo federal.

Não há como negar que muitas dessas acusações contra o ’01’ não passam de narrativas para sujar a imagem dele, assim como também uma tentativa de atingir toda a família. Porém, nem tudo fica no eixo das suposições. Há fatos que precisam de exploração para que a população brasileira questione alguns pontos que vêm acontecendo nos últimos anos.

Na tarde desta quinta-feira, 14 de janeiro de 2021, Flávio Bolsonaro usou as redes sociais para anunciar antecipadamente o voto dele em Rodrigo Pacheco (DEM-MG), que concorre ao posto de presidente do Senado.

A declaração de Flávio diz o seguinte:

“Declaro meu voto em Rodrigo Pacheco para Presidência do Senado. Seu perfil responsável e ponderado, além do seu compromisso com as pautas essenciais para a continuidade do crescimento do Brasil, serão vitais para os próximos dois anos.”

Flávio enalteceu a figura de Pacheco, selecionando cada palavra que iria utilizar na postagem em questão, ciente de que um bom jogo semântico poderia manipular a cabeça do eleitorado. Porém, o eleitor que faz bom uso do seu voto e busca estar antenado no que acontece na política, esse Flávio não consegue manipular.

Tá, Raul. Mas qual o problema em Flávio Bolsonaro acenar para o candidato acima?

Ok. Voltemos um pouco no tempo.

No dia 14 de março de 2019, o editor-chefe do Conexão Política, Marcos Rocha, questionou: Por que Flávio Bolsonaro não assinou o requerimento da CPI da Lava Toga?. 

Na época, havia um requerimento que solicitava a criação de uma comissão parlamentar de inquérito para investigar os tribunais superiores. A pauta já tinha alcançado o número mínimo de assinaturas para ser protocolado no Senado Federal. Porém, o  senador Alessandro Vieira (PPS-SE), decidiu aguardar um pouco mais antes de ingressar o pedido na Casa.

Um fato, naquela data, causou questionamentos nas redes sociais: Flávio Bolsonaro foi o único senador do PSL que não assinou o requerimento.

Pois bem…

Não demorou muito para que diversos argumentos fossem lançados na internet. Eleitores mais aguerridos justificavam dizendo que o ’01’ não poderia assinar o requerimento de CPI já que integrava parte da Mesa Diretora do Senado.

No dia seguinte, 15 de março de 2019, o Conexão Política entrou em contato com a Secretaria Geral da Mesa (SGM) do Senado Federal e, segundo as informações da Casa, “não existe nenhum impedimento regimental que impossibilite os membros da Mesa Diretora de assinarem os requerimentos de CPI”.

Ainda na época, cobramos esclarecimentos do senador fluminense. Por que não assinar o requerimento para a abertura daquela CPI tão importante para o Brasil?

Sem sucesso. A nossa equipe não obteve nenhum retorno oficial.

As incoerências só aumentavam

Diante de tantos questionamentos por parte do eleitorado, Flávio estava cada vez mais acuado. Sem conseguir responder coerentemente as razões de tantos posicionamentos fora do eixo, foi se aproximando cada vez mais de figuras políticas rechaçadas pela sociedade brasileira.

Ele, que costumava dialogar diretamente e continuamente com os seus eleitores, estava cada vez mais distante, com receio das muitas críticas.

No mês seguinte, abril de 2019, outra análise opinativa foi veiculada no Conexão Política. O texto também foi escrito por Marcos Rocha. O título da coluna dizia: Flávio Bolsonaro precisa se portar como senador; chega de agir apenas como filho do presidente.

O questionamento veio à tona justamente porque Flávio se pronunciou de maneira clarividente acerca do requerimento de CPI. Até então ele não havia explanado nenhuma objeção concreta acerca de sua posição.

O ’01’ utilizou a assertiva de que é “filho do presidente” e que isso poderia gerar interpretações difusas, de modo a sinalizar que poderia ser interpretada como uma opinião da Presidência de República enquanto instituição.

Ora, senador, o nexo causal entre as duas coisas absolutamente não existe.

Primeiro porque o senhor foi eleito e tem total legitimidade moral e constitucional para desvencilhar-se da imagem do Executivo.

Se o motivo realmente for esse, fica evidente que o mesmo deveria renunciar ao mandato, pois, seguindo o seu próprio argumento, toda e qualquer ação pode igualmente ser interpretada como uma vontade do Executivo.

O Rio de Janeiro e o Brasil não merecem tampouco precisam de um senador figurativo.

Jair, enquanto parlamentar, possuía uma característica ímpar: não ficava em cima do muro. Todos os seus mandatos foram pautados em não se preocupar com interpretações extensivas ou sinalizações duvidosas.

Então, em seu texto, ainda no início de 2019, Marcos disse que era necessário que o senador seguisse o exemplo do pai e finalmente saísse da sombra para escrever a própria história.

2021 chegou e mais incoerências vieram com o ’01’ neste novo ano

Segundo um ditador popular, o sábio não perde tempo com as falhas já cometidas, mas se põe alegremente em sua tarefa de consertar o dano feito. Porém, no caso de Flávio, isso parece não acontecer. O parlamentar realmente ignora as consequências que as suas más escolhas já ocasionaram ao país e, de forma cega, insiste em alimentar narrativas incongruentes que somente alimentam suas próprias ambições.

Além disso, dizem que o brasileiro tem memória curta. Por isso, faz-se necessário recordarmos que Flávio Bolsonaro, assim como tantos outros nomes aliados do governo, declararam abertamente voto em Davi Alcolumbre (DEM-RJ) à presidência do Senado.

Em 02 de fevereiro de 2019, no Twitter, Flávio escreveu:

“Após essa fraude na urna e para que não pairem dúvidas, declaro meu meu voto em Davi Alcolumbre para presidência do Senado.”

“Votei em [Davi Alcolumbre] nas duas votações. Não abri meu voto na 1a. votação, que acabou anulada por tentativa de fraude, para evitar especulações sobre suposta interferência do Presidente no Senado.”

Alcolumbre vencedor

Com a ajuda de Flávio Bolsonaro na ocasião, Davi Alcolumbre foi eleito o novo presidente do Senado, em sessão tumultuada.

Na época, uma reportagem exclusiva da CBN revelou que Alcolumbre estava sendo investigado em dois inquéritos no Supremo Tribunal Federal (STF), que apuravam possíveis crimes ocorridos durante a campanha eleitoral de 2014, quando ele se elegeu senador.

A investigação sobre o caso na Justiça Eleitoral já tinha sido arquivada, mas seguia em andamento no STF. O senador, por sua vez, sempre negou qualquer irregularidade. À Justiça Eleitoral, ele defendeu a legalidade dos gastos e destacou que suas contas foram aprovadas pelo Tribunal Regional Eleitoral (TRE) do Amapá.

Dos dois inquéritos, um foi aberto em 2016. Segundo a então procuradora-geral da República, Raquel Dodge, Alcolumbre estava sendo investigado em razão da “utilização de notas fiscais frias inidôneas para a prestação de contas, ausência de comprovantes bancários, contratação de serviços com data posterior à data das eleições, entre outras”. Ainda de acordo com Dodge, havia cheques que, apesar de emitidos a algumas empresas que teriam prestado serviços ao candidato, eles foram endossados pelo contador da campanha ou sacados em espécie na boca do caixa.

O segundo inquérito, de 2018, dizia respeito a determinadas notas fiscais frias na prestação de contas da eleição de 2014. Por ser tratar de assuntos conexos, os dois inquéritos corriam em conjunto no STF, por decisão do juiz instrutor Fernando Brandini Barbagalo, que trabalha no gabinete da ministra Rosa Weber, relatora dos processos na Corte.

O mandato começou

Não demorou muito para o discurso de ‘aliado do governo’ ser drasticamente alterado. Pouco tempo após ser eleito, Davi Alcolumbre começou a ‘fritar’ o Executivo em rede nacional.

À Globo News, ele iniciou o mandato afirmando que o governo “comete todos os dias algum tipo de trapalhada na coordenação política”, e que há “desencontro” entre a articulação de Jair Bolsonaro e o Congresso.

Alcolumbre também assegurou que o Planalto “não tem uma agenda para o país”. Defendeu ainda que, nestas condições, o Congresso passaria a apresentar o seu próprio planejamento: “Vamos fazer a nossa [agenda]. Não vamos ficar esperando”, afirmou.

Pronto. A partir deste dia, 6 de junho de 2019, cerca de quatro meses após ser eleito presidente do Senado Federal, Alcolumbre já embarcava para bem longe do porto ‘Brasil acima de tudo’. Com muita rebeldia e virando as costas para a nação brasileira, Alcolumbre, ao lado seu grande amigo, Rodrigo Maia, decidiu navegar nas águas do ‘Brasil abaixo de tudo’. Consequentemente, tamanha rebeldia custou um preço muito alto ao Brasil.

As principais pautas do governo federal ficaram completamente travadas. Com poucas vitórias, o Executivo teve que se desdobrar para que projetos tão importantes para o país não caducassem.

Os quase 2 anos de mandato se resumiram assim: pautas travadas.

A pandemia do coronavírus trouxe a materialização do que já estava acontecendo. Conforme noticiamos, um levantamento da consultoria Metapolítica, a pedido do jornal digital Poder360, apontou que o ministro da Economia, Paulo Guedes, solicitou ao Congresso Nacional 19 medidas a fim de blindar a economia brasileira contra os efeitos do vírus chinês. Contudo, até o fim de 2020, somente 3 propostas haviam sido aprovadas pelo Parlamento.

Como se não bastasse, a nação brasileira foi obrigada a lidar diariamente com o show de horrores promovido por Alcolumbre e Maia, que constantemente atacavam Bolsonaro e toda sua base eleitoral.

Flávio Bolsonaro, que deveria reagir diante de todos esses absurdos, permaneceu o tempo inteiro calado. Completamente inerte. Pouquíssimas vezes pudemos ver o senador reagindo, rebatendo, questionando. Pelo contrário, o ’01’ permaneceu passivo.

O ‘ringue’ foi montado, mas não pelos nossos parlamentares eleitos. A briga foi travada nas redes sociais, campo minado que em nenhum momento foi abandonado pelos apoiadores do presidente. Todas as pressões pelos destravamentos das pautas saíram de lá.

A ação envolvia desde tuitaços e pressões nos deputados e senadores até manifestações de rua. O eleitorado conservador-liberal não descansou em nenhum momento pela defesa dos projetos necessários para o desenvolvimento da nação.

Agora, faltando menos de um mês para os congressistas definirem quem vai comandar a Câmara e o Senado pelos próximos dois anos, as articulações já começaram. Mesmo sem ninguém ter vencido ainda, uma coisa é certa: os escolhidos terão de lidar com incertezas na economia e uma grande missão de destravar as pautas essenciais para colocar o Brasil no eixo.

E justamente nesta quinta-feira, 14 de janeiro de 2021, o senador Flávio Bolsonaro usou as redes sociais para anunciar o apoio e voto dele em Rodrigo Pacheco (DEM-MG), que concorre a vaga de presidente do Senado.

Com ‘belas’ palavras, Flávio que destacou o compromisso de Pacheco com as ‘pautas essenciais para o crescimento do Brasil’. O mesmo Flávio que usou tais termos é o mesmo que esconde de seu eleitorado e da população brasileira os votos antecessores de Rodrigo Pacheco como senador, candidato apoiado por Alcolumbre que já conta com o apoio do PT, PDT, PP e PSDB.

Diante de incongruências que já foram votadas pelo senador que agora concorre à presidência da Casa Legislativa, gostaria de frisar apenas duas. Ambas foram recentes e completamente engajadas pelo eleitorado do presidente Jair Bolsonaro.

PL 2630/2020

Rodrigo Pacheco, agora apoiado por Flávio Bolsonaro à presidência do Senado, votou A FAVOR do PL 2630/2020.

A proposta conhecida como PL das Fake News — um projeto de lei que possui a justificativa de “combater a divulgação de notícias falsas nas redes sociais”, foi um projeto que desde o início enfrentou uma forte oposição de grupos que veem risco de redução da liberdade de expressão.

Entre os críticos estão desde civis comuns a organizações sem relação com o governo que atuam na área de direito digital.

Diversas autoridades no assunto foram entrevistas pelo Conexão Política. Elas alegam que, ao tentar impedir ‘fake news’, na prática, a medida ameaça direitos fundamentais e estabelece censura, pois não cabe ao Estado dizer o que é ou não fake news, tampouco delegar a alguém tal ofício, afinal, quem checa os checadores?

Não há melhor combate a fake news do que a completa liberdade de expressão. Inclusive, é importante destacar que a legislação brasileira atual já possui instrumentos para punir aqueles que caluniam, difamam ou injuriam adversários com notícias falsas. Logo, a pauta de um projeto assim, durante uma pandemia, com urgência, em sessões virtuais, em nada ajuda no fortalecimento de nossa democracia.

Aprovado no Senado Federal por 44 a 32, o PL 2630/2020 interfere diretamente no funcionamento das plataformas que nos permitiram ampliar as possibilidades de comunicação e atinge a liberdade dos indivíduos e das empresas de tecnologia. Todos perdem.

Porte e posse de armas

Rodrigo Pacheco, agora apoiado por Flávio Bolsonaro à presidência do Senado, VOTOU CONTRA outra pauta muito importante para o país. Trata-se dos decretos do presidente Jair Bolsonaro (PSL) que visam flexibilizar o porte e a posse de armas no Brasil.

A flexibilização da posse e do porte de armas foi uma das principais bandeiras de Bolsonaro durante a campanha.

Por 47 votos a 28, o plenário do Senado decidiu não avançar com o tema em questão.

Apoio da velha política

Como se não bastasse, o bloco em apoio a Rodrigo Pacheco não para de crescer.

Até o momento, Pacheco tem o apoio de DEM, PSD, PP, PL, PROS, PSC, PDT, PT e PSDB.

É isso mesmo. O candidato apoiado por Flávio Bolsonaro recebeu o aceno do PDT e do PT, dois partidos radicais da esquerda.

Com aval de Davi Alcolumbre, o DEM segue unindo forças para manter mais dois longos anos no comando da Casa Legislativa mais importante da República.

Assim, ainda que de modo informal, Pacheco alcançaria os 41 votos que já garantem sua vitória, descartando uma disputa no segundo turno.

Acuado, Flávio Bolsonaro não busca mais ter protagonismo no Senado, tendo que recorrer a velhas figuras da política brasileira, pessoas que não foram eleitas com a agenda de mudança proposta nas urnas em 2018.

Sem ter o que fazer, a tentativa não é gerar mudanças para o país, mas atuar com uma coalizão nos moldes tradicionais, da forma como sempre aconteceu. Tal articulação é politicamente aceita, mas para alguém que jurou ser a mudança que o país necessita, é realmente incongruente.

Mais do que isso, é fazer exatamente o que ele acusa os demais políticos de praticarem: a jogada do poder pelo poder.

Brasil acima de tudo? Nem tanto…

Sem choro

O fato é que para absolutamente todas as incongruências discursivas e contradições políticas do parlamentar, sempre haverá a tentativa barata de emplacar uma justificativa feita com base num raciocínio pífio, subjetivo e ignorante, muitas vezes sem qualquer lastro de realidade lógica.

Embora alguns ainda abracem esse artifício inescrupuloso, noutra ponta temos os conservadores de verdade, que têm como principal característica o ceticismo, e com certeza já estão atentos e seguem realizando os mesmos questionamentos feitos por mim neste texto opinativo.

Já passou da hora de abandonar discursos como “devemos jogar com as peças do tabuleiro”, “ah, mas é o que temos no momento”, “tudo faz parte da estratégia”, e demais bizarrices do tipo.

Flávio Bolsonaro faz – ou fazia – parte de uma agenda que contou com a confiança de quase 60 milhões de brasileiros.

A possibilidade de ser um refém, de depender da boa vontade dos congressistas e de se omitir diante de questões cruciais, não deveria nem passar pela cabeça – a menos que você pense da mesma maneira que eles, não é mesmo? Diante das escolhas e posições tomadas pelo parlamentar até o presente momento, a conivência e passividade parece ter sido a preferência no caso concreto.

Apoio popular para montar, por exemplo, uma frente legislativa nas duas casas do Congresso não falta. Muito pelo contrário. O que falta, no caso de Flávio, são duas coisas: a vontade e a coragem para tomar para si as posições e atitudes que um dia ele prometeu defender e abandonar àquelas que ele jurou não cometer.

O senador fluminense e o governo federal já tiveram tal experiência e sabem muito bem qual o sabor de ter, por dois anos, um Congresso que paralisa e tranca, conforme sua própria conveniência, as agendas prioritárias para o avanço econômico e social do país.

Insistir no erro apoiando figuras que são politicamente idênticas a Rodrigo Maia e Davi Alcolumbre pode custar um preço muito elevado a todos, principalmente ao povo, que é quem realmente fica à mercê da boa vontade das articulações políticas de Brasília.

O Brasil à beira do abismo

O Brasil está à beira do abismo. A crise econômica que o país atravessa é ‘passageira’, assim como a crise sanitária. Porém, a crise política instaurada é a que pode trazer maiores consequências para a nação. Essa inconstância no que tange à credibilidade nacional colocará o país numa corda bamba. O embate político deixou marcas reais, cicatrizes profundas e graves sequelas.

Rodrigo Pacheco consolidou uma mistura de agendas ao fundir com o DEM, PSD, PP, PL, PROS, PSC, PDT, PT e PSDB e afins, além de já ter votado contra duas pautas essenciais do governo. Na condição de presidente do Senado Federal, quem vencer vai precisar ter todas as prioridades definidas. Logo, aceitar o ecumenismo de agendas é enviar os 57,7 milhões de eleitores para o matadouro. Não adianta fundir interesses de gregos e troianos para vencer a disputa e acabar sendo refém de todas essas siglas durante o mandato.

Flávio Bolsonaro não é nenhum novato na política. Conhece as funções do Legislativo desde 2003 e sabe muito bem como giram as engrenagens do sistema. Submeter-se ao acaso por interesses pessoais é sacrificar todos aqueles que fizeram dele o senador mais votado do Rio de Janeiro em 2018, além de pôr em xeque a agenda que colocou Jair Bolsonaro no Palácio do Planalto.

Ou Flávio Bolsonaro reage enquanto é tempo ou será deixado para trás. De nada valerá o sacrifício contínuo do Executivo para endireitar se não houver mudança verdadeira nos comandos da Câmara e do Senado.

Pela forma como as coisas se encaminham, o futuro irá repetir o passado. E é isso que precisamos evitar.

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