Governador eleito pelo Rio de Janeiro, Wilson Witzel (PSC), já solicitou às tropas de elite das polícias fluminenses um levantamento com o número de snipers (atiradores especializados) à disposição do estado para trabalhar no “abate de criminosos que estejam portando armas restritas a partir de primeiro de janeiro”.
Em entrevista à GloboNews, nesta quarta-feira (30), Witzel afirmou que este número já foi pedido ao Bope (Batalhão de Operação Especiais da Polícia Militar) e à Core (Coordenadoria de Recursos Especiais da Polícia Civil).
O novo governador reafirmou que incentivará policiais a atirarem caso vejam suspeitos portando fuzis, mas não garantiu que os agentes poderão seguir trabalhando nas polícias do Rio de Janeiro, em caso de condenação na Justiça. Disse porém que garantirá que eles sejam defendidos nos processos judiciais.
Nas palavras de Witzel, “a lei foi feita para ser interpretada e, por isso, o estado vai defender juridicamente os policiais que matarem traficantes com fuzis. Mas, se a Justiça entender que eles devem ser expulsos, eles serão”.
Lembrado, durante a entrevista, de casos em que pessoas foram mortas por portar furadeiras e até guarda-chuvas, que foram confundidos com armamentos, Witzel disse:”Em nenhum desses casos os tiros partiram de snipers. Não serão quaisquer policiais orientados a isto e os snipers vão passar por ainda mais treinamentos. Eu sempre digo o seguinte: prefiro defender um policial no tribunal do que ir ao funeral dele. Atirou, matou, está correto”, disse o ex-juiz federal.
Sniper é o apelido, em inglês, para atiradores de elite. Eles usam fuzis com miras telescópicas que permitem tiros de precisão contra alvos situados a 800 metros de distância ou mais.”Participei de vários tribunais do júri de policiais acusados de matar e todos foram absolvidos. Bandido de fuzil na mão não é gente que preste”, disse.