A Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH), ligada à Organização dos Estados Americanos (OEA), enviou documento ao deputado Jean Wyllys (PSOL-RJ) no qual concede a ele medidas cautelares e informa que exigiu que o Estado brasileiro tome providências para zelar por sua vida e segurança.
A informação foi divulgada pela colunista Mônica Bergamo, da Folha de S. Paulo, e confirmada pela assessoria do deputado ao Correio Braziliense.
O pedido foi feito à comissão pelo próprio deputado, que relata estar recebendo ameaças de morte. O órgão considerou que Wyllys “se encontra em situação de gravidade e urgência, posto que seus direitos à vida e à integridade pessoal estão em grave risco.”
O documento pediu ainda proteção à família do parlamentar e cobrou investigação dos fatos denunciados.
Em nota, a assessoria de Jean Wyllys afirmou que as ameaças aumentaram durante o processo de impeachment de Dilma Rousseff e ficaram ainda mais intensas depois do assassinato da vereadora Marielle Franco, colega de partido dele.
Ainda segundo a assessoria, o parlamentar pediu escolta oficial e circulação em carro blindado, o que teria restringido “seus movimentos durante a última campanha eleitoral”. Wyllys foi reeleito com 24.295 votos.
A equipe do deputado também afirma que ele é alvo de calúnias, fake news e campanhas difamatórias.