A decisão do presidente americano, Donald Trump, de reconhecer Jerusalém como capital de Israel provocou intensa revolta entre os árabes, que reivindicam que a cidade seja capital de um futuro estado palestino. Nesta quinta-feira (7), o grupo terrorista islâmico Hamas convocou uma nova intifada, como é conhecida a revolta palestina contra a política de expansão do governo de Israel.
História
Os confrontos entre judeus e palestinos têm origem na ocupação da antiga Palestina a partir do final do século 19. A região, que pertencia ao Império Otomano, era habitada por 500 mil árabes, além de integrantes de outras comunidades.
Considerada sagrada por católicos, judeus e muçulmanos, a região começou a receber um fluxo intenso de judeus após o 1º encontro sionista, em 1897, que estimulou a migração em massa para a região. A chegada desses novos moradores começou a gerar resistência das comunidades locais.
Jerusalém, alvo de fortes disputas entre judeus e muçulmanos, permaneceria um “enclave internacional”, gerido pela própria ONU. Os árabes recusaram a proposta.
O Estado de Israel foi criado em 14 de maio de 1948, quando na região já viviam 600 mil judeus. No dia seguinte, o novo país foi atacado pelos países árabes: Egito, Jordânia, Síria e Iraque.
Esse confronto ficou conhecido pelos judeus como Guerra de Independência e pelos árabes como An-Nakbeh (A Catástrofe). Israel não só saiu vitorioso como ampliou seu território (o que faz com que, na prática, o projeto da ONU de divisão da Palestina, com as fronteiras propostas, nunca tenha sido efetivado). Sem terras, 750 mil palestinos fugiram para países vizinhos ou foram expulsos pelas tropas israelenses.
Jerusalém, alvo de fortes disputas entre judeus e muçulmanos, permaneceria um “enclave internacional”, gerido pela própria ONU. Os árabes recusaram a proposta.
O Estado de Israel foi criado em 14 de maio de 1948, quando na região já viviam 600 mil judeus. No dia seguinte, o novo país foi atacado pelos países árabes: Egito, Jordânia, Síria e Iraque.
Esse confronto ficou conhecido pelos judeus como Guerra de Independência e pelos árabes como An-Nakbeh (A Catástrofe). Israel não só saiu vitorioso como ampliou seu território (o que faz com que, na prática, o projeto da ONU de divisão da Palestina, com as fronteiras propostas, nunca tenha sido efetivado). Sem terras, 750 mil palestinos fugiram para países vizinhos ou foram expulsos pelas tropas israelenses.
Desde então, Israel se envolveu em vários conflitos. Em 1967, Israel derrotou Egito, Jordânia e Síria na Guerra dos Seis Dias, conquistando, de uma só vez, Jerusalém Oriental, as Colinas de Golan e toda a Cisjordânia (região de maioria árabe e reclamada pela Autoridade Palestina e pela Jordânia).
Em 1973, Egito e Síria tentaram recuperar os territórios ocupados em 1967 durante a Guerra do Yom Kippur.
Intifada: a revolta palestina
Os palestinos reagiram à política expansionista israelense com as chamadas intifadas. Os árabes foram às ruas para protestar contra a ocupação israelense, que é considerada ilegal pela ONU.
Em 1987, na 1ª intifada, crianças que jogavam pedras nos tanques foram mortas por Israel, provocando a indignação da comunidade internacional.
Porém, com o apoio dos Estados Unidos, Israel segue ampliando a sua presença nos territórios ocupados, ignorando uma resolução da ONU que determina a desocupação das regiões conquistadas na Guerra dos Seis Dias.
A segunda Intifada começou em 29 de setembro de 2000 e durou quatro anos. Os conflitos deixaram milhares de mortos tanto do lado palestino quanto do israelense.
A Faixa de Gaza, que foi devolvida gradualmente aos palestinos a partir de 1994, seria cenário de novos conflitos armados entre israelenses e palestinos em 2008, 2009, 2012 e 2014, segundo a BBC.
Em junho de 2014, com o assassinato de três jovens israelenses na Cisjordânia por membros do Hamas, a tensão chegou ao seu ponto máximo e culminou com um novo conflito na Faixa de Gaza. Chamada de Operação Margem Protetora pelos israelenses, ou Guerra de Gaza de 2014, pelos palestinos, os ataques mútuos duraram até o fim de agosto, com a assinatura de um cessar-fogo.