Estudo revela que molécula do chá verde pode combater Covid-19 melhor do que cloroquina

Um estudo de química computacional conduzido por quatro médicos da Era University, na Índia, mostrou um resultado surpreendente: o galato de epigalocatequina (cuja sigla em inglês é EGCG), uma molécula abundante no chá verde, pode ser mais efetivo no combate ao novo coronavírus (Covid-19) do que diversos outros compostos, incluindo dois medicamentos sendo estudados para o mesmo fim: o Remdesivir e a cloroquina.

De acordo com os responsáveis pelo estudo (disponível aqui), publicado no último dia 27 de março, o EGCG “é o agente mais efetivo contra o SARS-CoV–2” por apresentar a maior afinidade de ligação com as principais proteínas responsáveis pela propagação do vírus.

Em relação à principal protease do vírus, a “6lu7”, a afinidade de ligação do EGCG (-6.99 kcal/mole) chegou a ser quase três vezes melhor do que o Remdesivir (-2.47 kcal/mole) e quase duas vezes melhor do que a cloroquina (-3.62 kcal/mole), mostrando que a molécula do chá verde por ser “bem mais efetiva do que o Remdesivir e a cloroquina” no combate ao vírus. A avaliação da afinidade de ligação é um método crucial para determinar possíveis compostos que possam atuar contra alvos biológicos específicos.

No estudo, os pesquisadores indianos chegam a sugerir a inclusão de 16 gramas de chá verde – “uma rica de fonte de EGCG que pode ter um papel importante no combate ao SARS-CoV–2″ – “preparado por 3 minutos em água fervente” na dieta diária. Entretanto, eles deixam claro que “mais pesquisas são necessárias para investigar os mecanismos e a forma de atuação” da molécula.

O “Research Square”, site responsável pela publicação, afirma que os artigos no site não passaram pela “revisão por pares” – a avaliação do estudo por outros especialistas da área – e, portanto, ainda não foram cientificamente validados.

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