Quebra de sigilo bancário de Flávio Bolsonaro foi ilegal e criminoso

Em entrevista exibida no Jornal da Record, o senador eleito Flávio Bolsonaro (PSL-RJ) reiterou os argumentos usados contra o Ministério Público do Rio de Janeiro na petição acolhida pelo STF (Supremo Tribunal Federal) que suspendeu a investigação sobre movimentação financeira atípica envolvendo seu gabinete enquanto deputado estadual no Rio.

“Quando tive acesso aos autos, descobri o seguinte: que o Ministério Público já estava me investigando ocultamente desde meados do ano passado.

E além disso, usando vários atos ilegais ao longo desse procedimento. E pior, descobri que tive meu sigilo bancário havia sido quebrado de foram ilegal”, disse o parlamentar, se referindo ao relatório do Coaf (Conselho de Controle de Atividades Financeiras).

O único crime confirmado até agora, é a quebra de sigilo bancário de Flávio Bolsonaro pelo MP-RJ. A promotoria, o tempo todo, afirmou que o Senador não era investigado. Ainda assim, invadiu de forma criminosa a sua privacidade.

O Rio de Janeiro é um estado conhecido por ter infiltrados em todas as esferas do poder público. Flávio está sendo alvo de uma operação política, que visa unicamente prejudicar a imagem do seu pai, hoje presidente da república, eleito democraticamente.

Portanto, se houver meios legais de parar a investigação, deve fazer! Não estou falando, aqui, de impunidade. Estou falando de articulação militante, com a única finalidade de minar a governabilidade do país.

Se permitirmos que um poder paralelo (e partidário) tenha força suficiente para invadir o sigilo bancário de um Senador da República, impunemente, o que podemos esperar que este mesmo poder faça conosco, cidadãos comuns?

Honestamente, acredito que a prioridade seja apurar esse crime cometido dentro do judiciário (de onde deveria sair o exemplo), por motivações meramente ideológicas. Se Flávio errou, até agora, foi por não ser enérgico o suficiente ao exigir apuração contra seus perseguidores políticos.

Felipe Fiamenghi

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