Robinho é condenado a nove anos de prisão por violência sexual

Condenado na Itália, Robinho nega participação em estupro coletivo

O atacante Robinho, do Atlético-MG, foi condenado nesta quinta-feira a nove anos de prisão na Itália por um suposto crime de violência sexual, informaram a agência de notícias Ansa e alguns dos principais veículos de comunicação do país.

A acusação é de um caso ocorrido numa boate em Milão no dia 22 de janeiro de 2013, quando o jogador estava na terceira de suas quatro temporadas no Milan. O crime teria acontecido em conjunto com outros cinco homens, e a mulher seria de origem albanesa.

Na página de Robinho no Facebook, a equipe do jogador diz que ele “já se defendeu das acusações, afirmando não ter qualquer participação no episódio”. “Todas as providências legais já estão sendo tomadas acerca desta decisão em primeira instância”, afirma a nota.

Sobre a notícia envolvendo o atacante Robinho, em um fato ocorrido há alguns anos, esclarecemos que ele já se defendeu das acusações, afirmando não ter qualquer participação no episódio.
Todas as providências legais já estão sendo tomadas acerca desta decisão em primeira instância.

O caso

O caso ocorreu em 22 de janeiro de 2013, quando o jogador defendia o Milan e a vítima tinha 22 anos. Segundo a investigação, o ato teve a participação de Robinho e de mais cinco pessoas. Uma delas, identificada como Ricardo Falco, amigo do atacante, também foi condenada a nove anos de cadeia.

Já os outros quatro réus não foram rastreados pela Justiça, que suspendeu o processo contra eles. O procurador do caso, Stefano Ammendola, havia pedido uma pena de 10 anos de prisão para o jogador do Atlético. Os condenados também deverão ressarcir a jovem em 60 mil euros, mas, como a sentença foi dada em primeira instância, ainda cabe recurso.

De acordo com o depoimento da vítima, ela já conhecia Robinho e alguns de seus amigos e estava com o grupo e duas amigas no Sio Cafe, em Milão, para uma festa de aniversário. Em determinado momento, segundo a albanesa, suas amigas foram embora e Robinho levou a esposa para casa.

Os réus então teriam oferecido bebida à vítima até “deixá-la inconsciente e incapaz de se opor”. Na reconstrução elaborada pela Procuradoria, o grupo levou a jovem para o guarda-volumes da boate e, se aproveitando de seu estado, manteve “múltiplas e consecutivas relações sexuais com ela”.

 Durante o julgamento, a defesa afirmou que não há nenhuma prova de que a albanesa não tenha consentido com a relação nem de que ela tenha ingerido bebidas alcoólicas a ponto de ficar em “condições de inferioridade física e psíquica”.

Em 2014, Robinho chegou a divulgar um vídeo chamando a acusação de “triste” e ameaçou processar a imprensa por publicar informações “mentirosas”.

Polêmica na Inglaterra

Esta não é a primeira polêmica sobre violência sexual envolvendo Robinho. Em 2009, o jogador foi interrogado pela polícia britânica após uma jovem ter alegado que teria sido estuprada pelo jogador em uma boate em Leeds. Na época, Robinho atuava pelo Manchester City. Ele negou as acusações e posteriormente o  processo foi arquivado.

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