O petista e presidente do Instituto Lula, Paulo Okamotto, afirmou que o velório do neto de Lula é uma “festa”.
Nada mais pode ser tão baixo, quanto encarar como “festa” o velório de uma vida que, de maneira precoce, deixa este mundo.
Li muita coisa de ontem pra hoje sobre a morte do netinho do Lula. Nenhuma surpresa ao reparar que a esgotosfera (rede social) nos mostra o que a humanidade tem de pior. Gente comemorando a morte de uma criança, pelo fato de ser neta de quem é. Então, claro, reparei também muita gente indignada com isso.
E a pergunta que encontrei repetidas vezes foi: “Que tipo de gente celebra a morte de um inocente?” Eu te respondo: o mesmo tipo de gente que se deliciou com a possibilidade de morte de um cara esfaqueado, que pensou – ou verbalizou – “Morra seu desgraçado, você merece!”. São as mesmas pessoas, apenas com sinal ideológico invertido. São doentes. Pessoas que precisam de ajuda.
Viu, e não me venha com “Ah Fer, não misture as coisas, não tem nada a ver uma coisa com outra”. Não misturo.
Trata-se rigorosamente da mesma questão, do respeito pela vida humana, do baixar as armas em tempos de luto, do entender que a visão diferente do outro não o torna um inimigo que precisa ser destruído a qualquer custo. Um combate nobre tem regras. A guerra para em momentos com este.
Nenhum homem deveria ter sua vida ceifada covardemente. Nenhum pai ou avô deveria enterrar seus pequenos. Mas essas coisas ocorrem, e nessas horas precisamos de paz.