O Ministério Público do Rio de Janeiro, que investiga movimentações financeiras suspeitas de Fabrício Queiroz, ex-assessor de Flávio Bolsonaro (PSL) na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro, enfim recebeu explicações de Queiroz – por escrito – após tentativas frustradas de ouvi-lo pessoalmente.
A Promotoria já havia tentado obter explicações de Queiroz em quatro ocasiões, mas o ex-assessor faltou às convocações alegando emergências médicas. Sua mulher e suas filhas também faltaram a convocações para depor.
A investigação deve focar agora a análise das informações dadas por Queiroz em seu depoimento por escrito.
O ex-assessor disse afirmou que fazia “gerenciamento financeiro” dos salários recebidos pelos outros funcionários do gabinete do hoje senador Flávio Bolsonaro.
Ele confirmou que os funcionários do gabinete repassavam parte dos salários para sua conta, mas disse que o objetivo era contratar com esse dinheiro mais funcionários para trabalhar com o intuito de “intensificar a atuação política” do deputado.
Segundo Queiroz, essa estratégia teria sido informal e realizada sem o conhecimento de Flávio Bolsonaro (PSL).
Queiroz afirma que vai apresentar os nomes no futuro, que acredita ter agido “de maneira lícita” e que “jamais se beneficiou de qualquer recurso público para si ou terceiro”.
O promotor responsável pelo caso, Luis Otávio Figueira Lopes, também deve colher depoimentos de outras pessoas envolvidas, procurar e analisar provas e documentos pertinentes.
Também pode pedir ajuda da outras instituições. O Ministério Público não divulga quem serão as próximas testemunhas ouvidas e quais os próximos passos porque as investigações acontecem em sigilo de Justiça.