Antes de ser preso em flagrante ao esfaquear o candidato a presidente Jair Bolsonaro (PSL), na tarde de quinta-feira, em Juiz de Fora, Adelio Bispo de Oliveira, de 40 anos, teve uma passagem pela polícia.
No dia 20 de abril de 2013, Adélio – que, segundo sua família, é missionário de uma igreja evangélica (Evangelho Quandrangular), teve o nome registrado em uma ocorrência da Polícia Militar de Montes Claros por lesão corporal devido a uma desavença com o pedreiro Eraldo Fábio Rodrigues Oliveira, de 47 anos.
Eraldo é companheiro de uma sobrinha de Adelio. O fato aconteceu no Bairro Maracanã (região Sul de Montes Claros), onde mora os parentes do agressor do candidato do PSL.
O Jornal Estado de Minas teve acesso ao boletim de ocorrência, que acabou não tendo maiores consequências, se resumindo a uma desavença familiar.
Conforme consta no registro policial, os dois envolvidos se desentenderam por causa do não pagamento da conta de luz de um barracão da família. Eraldo cobrou o pagamento da conta por Adelio, que não gostou. Eles se agrediram fisicamente.
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Ainda segundo o boletim de ocorrência, na briga, Eraldo teve “hematomas do lado esquerdo do rosto e escoriações no cotovelo esquerdo”.
Já Adelio sofreu “hematomas na testa e escoriações”. Os dois envolvidos foram levados para a delegacia. Mas não ficaram presos. Eles dispensaram atendimento médico.
Em entrevista à imprensa, nesta sexta-feira, o pedreiro Eraldo Fábio confirmou a briga que teve com Adelio cinco atrás.
Eraldo também afirmou que o homem que tentou matar Jair Bolsonaro, nas últimas ocasiões que retornou a Montes Claros para visitar parentes, adotou comportamento esquisito, permanecendo sozinho, trancado em um barracão.
Uma sobrinha de Adelio revelou ao EM que o tio, há três anos , passou a adotar um comportamento estranho, “falando coisas desconexas” , mas ele “nunca foi agressivo”.