A socióloga “Janja Lula da Silva”, como Rosângela da Silva é conhecida e se identifica nas redes sociais, tem 52 anos, mora em Curitiba, é filiada ao PT desde a década de 80 e foi apresentada ao público por aliados do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva como sua nova namorada.
Os dois já se conhecem há mais de duas décadas. Construíram, pode-se dizer assim, uma carreira bem próxima.
Janja foi contratada sem processo seletivo para trabalhar no escritório da Itaipu Binacional, em Curitiba, depois da eleição do petista.
Na época, a estatal tinha como diretora financeira Gleisi Hoffmann, a atual presidente do PT. A relação dos dois, porém, sempre foi muito discreta.
Poucas vezes foram vistos juntos. Um dos raros registros ocorreu em novembro de 2009. Lula estava no seu segundo mandato. Janja foi a Brasília oficialmente para participar de um seminário sobre questões de gênero.
Coordenadora de programas sociais da empresa, ela aproveitou a viagem para entregar um presente a Lula. Dias antes, o ex-presidente havia completado 64 anos. Lula adorou o presente.
Quando o ex-presidente deixou o Planalto, em 2011, Janja também mudou de emprego. Em 2012, ela foi cedida à Eletrobras, no Rio de Janeiro, onde trabalhou como assessora de comunicação e relações institucionais.
Voltou para a Itaipu, em Curitiba, em fevereiro de 2017 (com salário de R$ 17.537 reais) — um ano e dois meses antes de Lula ser preso. Continua na empresa até hoje (expediente das 8 às 17h30). Uma das visitas aconteceu às 15h20 de 9 de maio, uma quinta-feira.
A socióloga visitou Lula na cadeia pela primeira vez em junho de 2018. O casal, relata um amigo, comemorou o Dia dos Namorados.
Desde então, Rosângela já esteve na sede da Polícia Federal outras seis vezes. Lula estaria apaixonado e pensando em se casar depois de cumprir a pena por corrupção e lavagem de dinheiro.
O ex-presidente, inclusive, brinca com a própria situação, dizendo que, desta vez, vai se “casar virgem”, já que as normas de segurança da Polícia Federal não autorizam visitas íntimas.