A cada dia que passa o Estado de Exceção se consolida e firma suas nefastas raízes no coração do país. Se durante os 4 anos de governo de direita a perseguição política se deu de forma aberta e sem pudor, é melhor se preparar para os próximos 4 anos deste governo com viés revanchista, nazista e autoritário, com forte ligação e divina benção dos perseguidores de plantão.
Muitos aplaudem essa verdadeira caça às bruxas que estão fazendo contra a direita política, coisa com tal grau de reprovação que nem nos piores anos de ditadura militar se houve no Brasil. Ao menos naquela época, havia alguma honradez por parte de quem perseguia, na medida em que não se escondia nem fazia firulas discursivas pra prender e extirpar seus desafetos da sociedade, como hoje se faz com notória canalhice.
No decorrer desta última semana do mês de janeiro de 2023, ficamos sabendo dos novos perseguidos por esse Estado de Exceção, vingador, imoral, inconstitucional, criminoso e vigente. A lista foi atualizada pra inclusão dos novos nomes como o de Rodrigo Constantino, Fernando Conrado, Guilherme Fiuza e Paulo Figueiredo, além de outros, com um detalhe que chama a atenção: todos jornalistas da Jovem Pan, todos de direita.
Não bastasse a Jovem Pan ser censurada quando do segundo turno das eleições presidenciais de 2022, momento em que foi proibido que seus jornalistas e comentadores políticos fizessem qualquer referência ao passado criminoso do então candidato, ungido pelo poder supremo, Lula. Pela primeira vez após a retomada da democracia, o país tem a censura Estatal usada oficialmente, desta vez, de forma muito inusitada, por alguns representantes do poder judiciário.
Isso na contramão do que resguarda a nossa constituição federal que diz de forma clara que veículos de imprensa não podem ser censurados previamente, menos ainda ao se tratar de conteúdo de natureza artística, ideológica ou política. Vejamos o que diz a constituição neste sentido:
Art. 220. A manifestação do pensamento, a criação, a expressão e a informação, sob qualquer forma, processo ou veículo não sofrerão qualquer restrição, observado o disposto nesta Constituição.
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- 1º Nenhuma lei conterá dispositivo que possa constituir embaraço à plena liberdade de informação jornalística em qualquer veículo de comunicação social, observado o disposto no art. 5º, IV, V, X, XIII e XIV.
- 2º É vedada toda e qualquer censura de natureza política, ideológica e artística.
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O que ocorre no Brasil nesses últimos tempos é algo sem precedentes na história, vergonhosa, do país. As leis já não importam mais, as decisões judiciais já não têm mais importância, menos ainda a tal constituição. Esta já se tornou uma espécie de instrumento a serviço do interesse de velhas organizações, cuja missão já ficou muito bem demonstrada na operação Lava-Jato, com as incontáveis prisões de grandes criminosos que usurparam e corromperam as bases de nossa democracia além do erário público. Mas, agora, além da constituição servir pra descondenar velhos projetos políticos que voltou à cena do crime, também é usada como discurso de apoio pra perseguir todos aqueles que se colocam no caminho desses atores políticos, não importa onde eles atuam, são todos atores políticos.
Já não bastasse o que vem sendo feito com o jornalista Oswaldo Eustáquio, ao longo dos últimos anos, e Allan dos Santos, agora é a vez de tantos outros profissionais da imprensa (desde que sejam de direita). Rodrigo Constantino, segundo a Gazeta do Povo, teve suas contas bancárias, aqui no Brasil, bloqueadas e seu passaporte cancelado. No entanto, nem ele nem seus advogados sabem o motivo, não sabem o porquê, as razões jurídicas pros atos, não têm acesso aos inquéritos, ou seja, um absurdo total.
Paulo Figueiredo, de igual sorte, também teve, além do seu passaporte brasileiro cancelado, contas bloqueadas e redes sociais censuradas. A sorte destes grandes e corajosos jornalistas, é que eles residem em solo onde há verdadeiramente Democracia (com letra em maiúsculo) e valores bem consolidados por uma República e Estado de Direito fortes, como só poderia ser nos Estados Unidos da América. Morar nos EUA tem sido uma forma eficaz de lutar e resistir aos desmandos que ocorrem por aqui.
O mais bizarro disso tudo, se é que haja chance de ter algo mais bizarro do que o que já vem acontecendo, é que os perseguidos não sabem sequer quem os persegue, pois seus advogados não têm acesso a nenhum inquérito ou processo, seja administrativo, seja judicial. Parece que o ditador Mor, tem agido pra que as redes sociais, instituições financeiras e órgãos públicos não revelem quem determinou os atos ilegais e inconstitucionais. Antes, todos sabiam quem era o violador titular da camisa de atacante desse time chamado “perseguidor constitucional e democrático”, com aspas, muitas aspas… Hoje, já não se sabe o nome de quem tá promovendo tantos atos ilegais e ditatoriais. Qual é o receio? Ditadores não temem. Ou temem?
Outro grande jornalista censurado é Guilherme Fiuza, anteriormente atuante na Jovem Pan, ele teve todas as suas contas em redes sociais bloqueadas por ordem, segundo G1, de Alexandre de Moraes (link). Deixamos o link somente pra nos precavermos de possíveis acusações futuras de promovermos fake news, como virou modinha pra encarcerar opositores políticos. Outro comentador da Jovem Pan, Fernando Conrado, também sofre com a ditadura, não velada, mas, explícita que existe contra pessoas de direita.
Várias denúncias já foram levadas à Corte Interamericana de Direitos Humanos, tanto por parlamentares, pessoas comuns, quanto por jornalistas perseguidos à luz do dia por este novo e infame trator autoritário. O que nos resta como povo, como nação? Como disse Augusto Nunes (ainda não perseguido) o povo nas ruas determina os rumos do próprio destino. Não sabemos, particularmente, até quando poderemos escrever e nos posicionar contra esse regime autoritário e inconstitucional, mas, seguiremos até esse dia chegar.
Estejamos todos cientes de que já não vivemos sob um Estado de direito mais, o nazismo está às portas, pessoas são presas sem saber do que estão sendo acusadas, assim como ocorria nos piores anos de ditadura. Vamos sair às ruas, vamos alertar o mundo, pois o que vem será pior do que o que já estamos vendo.