É falso notícia de que Bolsonaro tem câncer de intestino

Desde o atentado sofrido por Jair Bolsonaro em 6 de setembro, uma boataria descomunal assolou as redes sociais com (des) informações sobre a saúde do capitão reformado.

A esmagadora maioria das versões dá conta de que Bolsonaro está mal, muito mal, e que se conseguir tomar posse, com certeza, não terminará o mandato presidencial.

A onda de inverdades ganhou proporções gigantescas após a exibição de uma matéria no Domingo Espetacular, no dia 21 passado. Nela, são revelados detalhes preciosos para que o cidadão brasileiro tenha uma noção exata sobre o real estado de saúde de Bolsonaro. Em determinado momento, sufocada pela narração do repórter Eduardo Ribeiro, salta a voz de Bolsonaro falando em “câncer no intestino”.

Pronto.

Foi um fiapo de fala apenas, mas suficiente para sustentar todo tipo de teoria da conspiração.

A Coluna teve acesso à fita bruta com a entrevista do presidenciável para o Domingo Espetacular e constatou o que parece ser óbvio para quem não está contaminado pela luta política: o câncer no intestino de Bolsonaro é mais uma fake news.

O áudio capta justamente o instante em que Bolsonaro, médicos e equipe de reportagem conversam, pacificamente, sobre os devaneios a respeito da sua saúde. E eles são muitos. O que assumiu maior relevo garante que os médicos estão mancomunados para esconder do eleitor a debilidade de Bolsonaro. E fazem isso em conluio com as Forças Armadas, que estariam preocupadas apenas com a sucessão do eventual presidente pelo seu vice, general Hamilton Mourão.

Uma história porosa como a que foi ventilada como sendo verdade só convence os fanáticos e os incautos por natureza, mas vale aqui o mesmo princípio que norteou a matéria da Folha sobre a existência de uma rede clandestina no WhatsApp. O que se busca é apenas causar estrago no adversário.

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